Um portal de investigação conseguiu documentos secretos que revelam que 90% das pessoas mortas não correspondiam às definidas como objecto dos ataques
O número de civis mortos em ataques lançados por drones norte-americanos visando extremistas em diversos teatros de operação é subestimado pela Administração norte-americana, revela o portal de investigação The Intercept.
Num dossiê intituladoA máquina de matar, o The Intercept publica uma série de documentos secretos que lhe foram facultados por um profissional dos serviços secretos dos Estados Unidos da América (EUA).
Os documentos mostram, entre outros, que durante uma operação no nordeste do Afeganistão, entre Janeiro de 2012 e Fevereiro de 2013, os ataques dedrones (aviões não tripulados) das forças especiais norte-americanas mataram mais de 200 pessoas, das quais apenas 35 estavam apontadas como alvos.
Segundo o The Intercept, ao longo de um período de cinco meses, ainda no quadro da referida operação, 90% das pessoas mortas não correspondiam às que haviam sido definidas como objecto dos ataques.
Os documentos mostram que as tropas norte-americanas classificaram essas vítimas no âmbito das suas estatísticas como "inimigos mortos em combate".
Esta forma de designar todas as vítimas do sexo masculino como combatentes, salvo prova em contrário, é uma "loucura", de acordo com a fonte citada pelo jornal The Intercept.
"Mas nós acostumamo-nos com isso. As agências de inteligência, o JSOC [forças especiais norte-americanas que procedem aos ataques], a CIA e todos aqueles que ajudam ou apoiam estes programas não têm qualquer problema com isso", referiu a fonte.
Questionado, esta quinta-feira, pelo site, o porta-voz da Casa Branca Josh Earnest afirmou que o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, tenta ser "o mais transparente possível sobre as operações antiterroristas" no mundo.
Washington subestima número de civis mortos por drones
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