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Viúva da vítima divulga vídeo de tiroteio em Charlotte

As imagens foram recolhidas pelo telemóvel da viúva de Keith Lamont Scott e mostram os momentos antes e depois do tiroteio. As imagens podem impressionar os leitores mais sensíveis

A mulher de Keith Lamont Scott, morto pela polícia em Charlotte, na Carolina do Norte, divulgou o vídeo do incidente. Ainda assim, as imagens não permitem esclarecer na totalidade o que se passou no momento dos disparos. A polícia acusou Scott de estar armado -- num estado em que é legal ter armas, mediante licença -- e de representar uma "ameaça de morte iminente" para os agentes, um relato que familiares e testemunhas rejeitam.

 

No vídeo, divulgado pelo canal NBC News, não se vê o momento em que Scott é abatido pela polícia, mas ouve-se Rakeyia a dizer "Não disparem, ele não está armado, não vai fazer nada". Posteriormente, ouve-se a mulher apelar ao marido: "Keith, não os deixes partis dos vidros! Sai do carro". Além disso, Rakeyia explicou aos agentes que Scott tinha tomado medicamentos para tratar uma lesão cerebral.

 

A família disponibilizou as imagens enquanto a opinião pública aguarda que a polícia de Charlotte divulgue os vídeos gravados pelas câmaras dos agentes envolvidos no caso.

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Desde terça-feira que Charlotte tem sido palco de violentos distúrbios, uma situação que levou a presidente da câmara de Charlotte, Jennifer Roberts, a pedir à candidata democrata à Casa Branca, Hillary Clinton, que adie a viagem que tinha planeada à cidade no domingo devido ao crispado clima de tensão.

 

Roberts, também democrata, disse à CNN que prefere "recuperar a ordem e normalidade" na cidade antes de receber os candidatos presidenciais.

 

A autarca alargou o convite ao candidato republicano, Donald Trump, que, sem anunciar uma data concreta, expressou também desejo de viajar até Charlotte na próxima semana. "Apreciamos o apoio dos candidatos. Apreciamos que estejam preocupados com Charlotte", disse Roberts.

 

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.