André Ventura considera que a estabilidade política ser importante, mas "não é tudo".
O presidente do Chega disse respeitar a "última oportunidade" dada pela estrutura dos Açores ao Governo Regional, mas com "pouca esperança" de que o PSD vá "arrepiar caminho", avisando que o deputado votará contra caso isso não aconteça.
André Ventura deu uma conferência de imprensa na sede do partido em Lisboa a propósito do Orçamento Regional dos Açores, afirmando que como presidente do partido "respeita a decisão da estrutura regional do Chega/Açores" de "dar ao presidente do Governo Regional dos Açores uma última oportunidade de honrar os compromissos assumidos".
"Recomendámos que este apoio cessasse, a estrutura acha que deve dar um último apoio ao Governo dos Açores. Eu respeito. Se me perguntar se acredito que o PSD vai arrepiar caminho, tenho sérias dúvidas que o aceite fazer", referiu, deixando claro que tem "pouca esperança" de que isto aconteça.
Para André Ventura, apesar de a estabilidade política ser importante, "não é tudo". Por isso deixou um aviso ao PSD de que o deputado do Chega nos Açores "vai votar contra o orçamento" caso o PSD não cumpra "no combate à corrupção, na redução das clientelas políticas, na anulação da contratação de familiares e no apoio às empresas".
"Um cenário eleitoral nos Açores não é o desejável, todos tentamos evitá-lo e o Chega fez isto permanentemente, mas o PSD recorre sempre à mesma técnica e por isso queremos deixar isto como um alerta para as eleições de 30 de janeiro que é olhar para o lado, não lutar contra a corrupção, não lutar contra a subsidiodependência, aumentar o clientelismo, mas depois dizer que é o interesse nacional", criticou.
Na sexta-feira, o líder do Chega recuou na postura que tinha adotado na quarta-feira, quando tinha garantido que a decisão era "fortemente definitiva" e que, "no que depender da Direção Nacional do Chega e do presidente", o apoio ao Governo regional tinha morrido naquele dia.
Numa reação, gravada em vídeo, à conferência de imprensa do deputado único do Chega nos Açores -- que afirmou que "nada está fechado" quanto ao Orçamento Regional para 2022 - André Ventura garantiu "total sintonia" com o representante do partido na região autónoma.
O Orçamento Regional dos Açores começa a ser debatido na segunda-feira pelo parlamento açoriano na Horta, ilha do Faial, e a sua aprovação está dependente dos votos do deputado do Chega e do representante da Iniciativa Liberal, depois do deputado independente (ex-Chega) ter garantido que vai honrar o seu compromisso na votação.
A direção nacional do Chega pediu na quarta-feira ao partido nos Açores para retirar o apoio ao Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM), mas o deputado único do partido, José Pacheco, disse que "nada está fechado e tudo pode acontecer" dado que há negociações em curso.
A Assembleia Legislativa é composta por 57 eleitos e a coligação de direita, com 26 deputados, precisa de mais três parlamentares para ter maioria absoluta.
Como a coligação assinou um acordo de incidência parlamentar com o Chega e o PSD com a Iniciativa Liberal (IL), era esperada a viabilização do Orçamento Regional para 2022 por estes partidos.
A IL tem ameaçado votar contra, referindo agora que continua "a lutar" nas negociações.
O parlamento conta ainda com mais 28 deputados: 25 do PS, dois do BE e um do PAN. Todos estes partidos anunciaram já o voto contra o Orçamento.
Ventura respeita decisão regional nos Açores, mas com "pouca esperança" em acordo
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