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Com ensaios não clínicos com resultados promissores terminados desde meados de 2021, a biotecnológica esteve durante algum tempo à espera de um mecanismo financeiro por parte do Governo português para poder avançar para ensaios clínicos e chegar ao mercado, tendo sido conduzido para o PRR.
A biotecnológica portuguesa Immunethep, sediada em Cantanhede, viu a sua candidatura ser chumbada ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para desenvolvimento de uma vacina contra a covid-19.
Sérgio Azenha / Sábado
Com ensaios não clínicos com resultados promissores terminados desde meados de 2021, a biotecnológica esteve durante algum tempo à espera de um mecanismo financeiro por parte do Governo português para poder avançar para ensaios clínicos e chegar ao mercado, tendo sido conduzido para o PRR.
A 29 de dezembro, surgiu a confirmação da recusa da candidatura apresentada a um dos avisos deste plano, depois de a Immunethep ter apresentado recurso a uma primeira comunicação de não aprovação no verão de 2022, disse à agência Lusa Bruno Santos, cofundador e administrador da empresa sediada em Cantanhede, no distrito de Coimbra.
O projeto procurava um financiamento de cerca de 30 milhões de euros para um processo que se previa implicar um investimento global de 60 milhões de euros, já prevendo uma unidade produtiva nesta área.
Segundo Bruno Santos, o projeto não obteve a nota máxima em vários parâmetros, nomeadamente na categoria de inovação e diferenciação, o impacto do projeto no perfil de especialização produtiva do país, o impacto na região, ou o potencial de valorização económica.
"O mais frustrante é que, quando fizemos os primeiros contactos com o Governo, tínhamos estados europeus a apoiar diretamente projetos em valores de 100, 200 ou 300 milhões de euros. Tínhamos aqui um projeto com capacidade, que podia fazer a diferença, na altura quase no início da pandemia, e sempre disseram que era interessante e que queriam apoiar, mas nunca se avançou para o apoio", constatou.
De acordo com o responsável, a biotecnológica foi encaminhada "para uma série de programas mais tradicionais", mas que não se ajustavam à velocidade necessária para o desenvolvimento de uma vacina contra a covid-19.
"Supostamente o PRR seria rápido, mas começámos a falar com o Governo em 2020 e em dezembro de 2022 sabemos que é uma resposta negativa", lamentou.
Para Bruno Santos, para além do desenvolvimento da vacina contra a covid-19, o projeto permitiria a Portugal ter "capacidade produtiva" numa área onde não há qualquer resposta no país.
"Não há qualquer capacidade produtiva nesta área e vai continuar a não haver e Portugal vai continuar dependente da resposta dos outros países", sublinhou, frisando que a possibilidade de surgir uma outra pandemia será "muito grande".
O financiamento e o desenvolvimento da vacina seria também uma oportunidade "para acelerar o crescimento da Immunethep", que trabalha já em parceria com grandes farmacêuticas e que recentemente recebeu 2,5 milhões de euros do Conselho Europeu da Inovação para os ensaios clínicos de uma vacina multibacteriana, num projeto cujo investimento pode ascender aos 17,5 milhões de euros.
"Temos uma série de pessoas com formação superior, doutorados. Diz-se que é preciso pôr doutorados na indústria, mas depois há um projeto que assegura esse espaço para essas pessoas e não é aprovado. Tivemos conversas com governantes a dizer que isto fazia todo o sentido, que este é o modelo de desenvolvimento que querem para o país, mas os projetos apoiados pelo PRR não têm esse perfil", criticou Bruno Santos.
Em março de 2021, a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, chegou a deslocar-se às instalações da biotecnológica e afirmou que o Governo estava disponível para apoiar o desenvolvimento de uma vacina portuguesa contra a covid-19.
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