"Trata-se de uma vacina que simultaneamente combate duas bactérias que causam diarreia, a Campylobacter e E.coli", explica Mário Monteiro.
Uma vacina desenvolvida por um investigador luso-canadiano atingiu um patamar único num laboratório universitário ao alcançar o terceiro "ensaio clínico em seres humanos com vacinas bacterianas diferentes", disse à agência Lusa Mário Monteiro.
REUTERS/Lukas Barth/File Photo
"Começou no final do ano passado, no hospital John Hopkins, em Baltimore, nos Estados Unidos, um novo ensaio clínico em seres humanos baseado numa vacina que desenvolvemos no nosso laboratório na Universidade de Guelph", afirmou o docente.
Mário Monteiro, professor de química na Universidade de Guelph, cresceu na Serra da Estrela, em Aldeias, Gouveia, no distrito da Guarda, mas vive no Canadá desde 1981.
De acordo com o investigador, este é o terceiro "ensaio clínico baseado nas vacinas desenvolvidas" na instituição de ensino, o que faz como que este seja, "porventura, o único laboratório universitário do mundo a atingir este patamar", ou seja "três ensaios clínicos em seres humanos com vacinas bacterianas diferentes".
A vacina utilizada neste ensaio clínico foi recentemente patenteada no Canadá e noutros países.
"Trata-se de uma vacina que simultaneamente combate duas bactérias que causam diarreia, a Campylobacter e E.coli", explicou.
Nos dois primeiros ensaios clínicos, em 2014 e em 2022, os sujeitos foram vacinados com vacinas dedicadas a combater a diarreia causada pela bactéria Campylobacter.
Neste ensaio, o produto terapêutico composto por anticorpos contra as bactérias Campylobacter e E.coli, é "ingerido pelas pessoas depois de serem infetadas".
O objetivo deste ensaio clínico é "avaliar se o produto terapêutico oral ajuda a controlar a diarreia causada por Campylobacter e E.coli", explicou Mário Monteiro.
"Comparado com as vacinas, esta terapêutica oral anti-diarreia, será mais prática para militares e para turistas", justificou.
Colaboraram neste projeto a Marinha dos Estados Unidos e a biofarmacêutica australiana Immuron.
Em 2014, o luso-canadiano foi distinguido pela organização britânica vaccinenation.org, em colaboração com a World Vaccine Congress, como uma das 50 pessoas mais influentes em termos globais na área das vacinas, numa lista liderada por Bill Gates.
Em agosto deste ano, Mário Monteiro será anfitrião da conferência LUSOciência, em Gouveia, aberta ao público em geral e que tem como alvo celebrar a ciência a ser feita por portugueses no mundo.
Vacina desenvolvida por luso-canadiano atinge patamar histórico de terceiro ensaio
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.