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Trabalhadores do Pingo Doce que ficaram com os filhos vão receber o resto do subsídio de Natal

25 de março de 2021 às 19:53
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Depois das várias denúncias do sindicato, o Pingo Doce anunciou que vai pagar a parte do subsídio de Natal que não pagou em 2020, correspondente ao tempo que os trabalhadores estiveram a dar assistência aos filhos.

Os dois mil trabalhadores do Pingo Doce que em 2020 ficaram em casa com os filhos devido ao encerramento das escolas vão receber no final de março a parte do subsídio de Natal em falta, divulgou esta quinta-feira fonte sindical.

De acordo com um comunicado do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), o Pingo Doce anunciou que vai pagar a parte do subsídio de Natal que não pagou em 2020, correspondente ao tempo que os trabalhadores estiveram a dar assistência aos filhos, após a intervenção do CESP.

"Após denúncia do CESP no passado dia 10 de março, o Pingo Doce anunciou ontem [quarta-feira] que irá proceder no final do mês de março ao pagamento dos valores em falta a todos os trabalhadores que durante o ano de 2020 estiveram de assistência aos filhos, no âmbito das medidas de combate à pandemia, por motivo de encerramento de escolas", disse à agência Lusa Ricardo Mendes, da direção do sindicato.

O sindicalista explicou que a empresa decidiu cortar no subsídio de Natal o equivalente ao tempo que os trabalhadores estiveram em casa, como se estivessem de baixa, e nesse caso seria a Segurança Social a pagar a parcela em falta.

"Mas isso não se aplica nesta situação, que é excecional, e temos insistido junto da empresa, porque consideramos que era uma redução de rendimento muito injusta", disse.

Dado que o Pingo Doce continuava sem pagar o valor em falta, o CESP denunciou a situação à Autoridade para as Condições de Trabalho e à Comissão para a Igualdade no Trabalho e Emprego.

"Consideramos positivo este recuo do Pingo Doce na medida em que representa um avanço claro no entendimento de que os trabalhadores não podem ser penalizados nos seus direitos e rendimentos por prestarem assistência aos filhos", afirmou Ricardo Mendes.

O sindicalista lamentou que outras empresas do setor ainda não tenham alterado a sua posição e continuem sem pagar a totalidade do subsídio de Natal, como é o caso das empresas de distribuição do Grupo Sonae.

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