"O DNA do torso corresponde ao de Kim Wall", lê-se numa mensagem publicada na página oficial da polícia dinamarquesa na rede social Twitter.
O torso, cujos braços, pernas e cabeça foram "mutilados deliberadamente" de acordo com a autópsia, foi descoberto na segunda-feira por um ciclista na baía de Koge (a cerca de 50 quilómetros da capital da Dinamarca).
A jornalista foi vista pela última vez a 10 de Agosto, no submarino do inventor dinamarquês Peter Madsen, onde se deslocou para o entrevistar.
Madsen está em prisão preventiva desde segunda-feira.
"O acusado explicou à polícia e ao tribunal que houve um acidente no submarino que causou a morte de Wall e ele sepultou o cadáver no mar, num lugar indefinido na baía de Koge [sudeste da capital]", anunciou a polícia na segunda-feira.
O alerta do desaparecimento de Kim Wall foi dado pelo seu namorado na madrugada de 11 de Agosto, horas depois de a jornalista ter subido a bordo do submarino de quase 18 metros de comprimento e 40 toneladas.
Inicialmente, Madsen, 46 anos, disse que ela tinha desembarcado cerca de duas horas depois do início da viagem numa ilha do porto de Copenhaga, indicando que continuou a navegar até ter problemas técnicos, mas logo se desdisse.
A investigação revelou que o afundamento do submarino foi provocado supostamente por Madsen, embora os danos causados tenham impedido a obtenção de mais dados.
Madsen é conhecido pelos seus projectos de submarinos e por ser o cofundador da empresa Copenhagen Suborbitals, criada em 2008 para lançar para o espaço monolugares tripulados e que fez descolar com êxito foguetões experimentais sem pessoas a bordo.