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Suspeito de terrorismo começou a ser julgado em Aveiro por falsificação

O cidadão marroquino detido em Portugal por suspeitas de terrorismo começou hoje a ser julgado no Tribunal de Aveiro por um crime de falsificação de documento e quatro de contrafacção de moeda.

O cidadão marroquino detido em Portugal por suspeitas de terrorismo começou hoje a ser julgado no Tribunal de Aveiro por um crime de falsificação de documento e quatro de contrafacção de moeda.

Abdessalam Tazi, de 64 anos, que está preso há mais de um ano e meio na cadeia de alta segurança de Monsanto, chegou a estar acusado de vários crimes ligados ao terrorismo por alegadamente ter tentado recrutar em Portugal marroquinos para integrarem as fileiras do grupo terrorista Estado Islâmico.

No entanto, o juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal Ivo Rosa decidiu não o pronunciar por esses crimes, aguardando-se ainda a decisão do recurso do Ministério Público para o Tribunal da Relação de Lisboa.

No processo em que começou hoje a ser julgado em Aveiro, Tazi é suspeito de ter falsificado um passaporte e de ter fabricado quatro cartões de crédito falsos, que usou para financiar despesas com bens e serviços.

Perante o colectivo de juízes, o arguido começou por admitir ter comprado um passaporte falso em Marrocos que utilizou para entrar em Portugal, com o propósito de obter o estatuto de refugiado, adiantando que já tinha feito o mesmo em outros países e nunca tinha tido problemas com isso.

Questionado quanto ao uso dos cartões de crédito, assumiu ter apenas usado o cartão que estava em seu nome, adiantando que já terá sido julgado na Alemanha por estes factos. Relativamente aos outros cartões, disse que terão sido usados por amigos que o acompanhavam.

Abdessalam Tazi explicou ainda que usavam estes cartões para comprar bens que depois enviava para Marrocos para serem vendidos, porque precisava de dinheiro para "sobreviver" e lamentou "muito" os prejuízos que fez, adiantando que "era impossível" viver só com os 180 euros que recebia mensalmente do Estado português.

O marroquino adiantou ainda que outro dos objectivos do uso dos cartões de crédito falsos era "economizar para abrir uma loja" em Aveiro.

O despacho de pronuncia refere que o arguido fabricou quatro cartões de crédito que utilizou como meio de financiar despesas com estadias em hotéis, refeições e até um tratamento dentário, bem como a aquisição de telemóveis e 'tablets', eletrodomésticos, material desportivo, roupa e calçado, no valor global de quase 7.500 euros.

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