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"Sozinhos estaríamos sempre pior" diz Costa sobre a União Europeia

09 de maio de 2017 às 15:49
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O primeiro-ministro valorizou o projecto europeu e a presença de Portugal na União Europeia, mensagem reforçada por Marcelo Rebelo de Sousa

O primeiro-ministro, António Costa, valorizou esta terça-feira o projecto europeu e a presença de Portugal na União Europeia (UE), vincando que os desafios como o terrorismo devem ser enfrentados em cooperação.

"Sozinhos estaríamos sempre pior que em conjunto", afiançou Costa sobre a UE, ao falar no arranque de um debate com jovens na Faculdade de Direito de Lisboa onde também está presente, intervindo sobre o projecto europeu, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Há "vários desafios a enfrentar", com o maior dos quais, declarou o primeiro-ministro, a ser a "confiança que é necessário reconstruir" entre o projecto europeu e os cidadãos.

"O melhor sinal de confiança é a Comissão Europeia, o Conselho e o Parlamento Europeu terem demonstrado que é preciso uma reflexão de fundo sobre a Europa", continuou o chefe do Governo, referindo-se ao Livro Branco apresentado pelo executivo comunitário sobre o projecto europeu.

Hoje, 9 de maio, assinala-se o dia da Europa, que comemora a paz e unidade na Europa e assinala o aniversário da "Declaração Schuman", e o primeiro-ministro abordou na sua intervenção inicial não só os desafios a enfrentar em conjunto pelos Estados-membros mas também a forma como Portugal "mudou bastante" desde a sua adesão à então Comunidade Económica Europeia (CEE).

"Se pusermos o país em perspectiva, verificamos que a entrada na UE mudou radicalmente o perfil de Portugal", enalteceu Costa, dando exemplos como o aumento do PIB [Produto Interno Bruto] per capita ou o "aproximar" do país por via de maiores e melhores infraestruturas, como as autoestradas.

Depois, dirigindo-se aos jovens alunos presentes na sala, Costa lembrou que outro dos desafios do projecto europeu passa pela necessidade de haver uma "acção conjunta para responder ao futuro do trabalho".

Posteriormente, António Costa passou a palavra a Marcelo Rebelo de Sousa e elogiou a sua "energia contagiante que tem mobilizado o país".

A lagartixa e o jacaré

Dez observações sobre a greve geral

Fazer uma greve geral tem no sector privado uma grande dificuldade, o medo. Medo de passar a ser olhado como “comunista”, o medo de retaliações, o medo de perder o emprego à primeira oportunidade. Quem disser que este não é o factor principal contra o alargamento da greve ao sector privado, não conhece o sector privado.

Adeus, América

Há alturas na vida de uma pessoa em que não vale a pena esperar mais por algo que se desejou muito, mas nunca veio. Na vida dos povos é um pouco assim também. Chegou o momento de nós, europeus, percebermos que é preciso dizer "adeus" à América. A esta América de Trump, claro. Sim, continua a haver uma América boa, cosmopolita, que gosta da democracia liberal, que compreende a vantagem da ligação à UE. Sucede que não sabemos se essa América certa (e, essa sim, grande e forte) vai voltar. Esperem o pior. Porque é provável que o pior esteja a chegar.