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Raquel Camarinha pode ser a primeira artista portuguesa a vencer este galardão. Vai actuar na cerimónia de entrega
A soprano Raquel Camarinha está nomeada para os prémios Victoires de La Musique Classique, em França, como "Revelação Artista Lírica", e poderá ser a primeira portuguesa a receber o galardão.
Os Victoires de La Musique Classique vão ser atribuídos a 1 de Fevereiro, numa cerimónia em que a cantora portuguesa vai actuar, e que vai ter transmissão em directo no canal televisivo France3 e na estação de rádio France Musique.
"Nunca houve estrangeiros a ganhar este prémio. É a primeira vez que um estrangeiro pode ganhar este prémio e, portanto, a primeira vez que um português pode ganhar este prémio. Penso que é essa também a grande importância: é que os vencedores são sempre artistas franceses", disse à agência Lusa Raquel Camarinha.
A cantora da Póvoa de Varzim, que vive em Paris desde 2009, onde interpretou quatro óperas no Théâtre du Châtelet -Orlando Paladino, de Haydn,O Rei Pastor, de Mozart, La Pietra del Paragone, de Rossini, eCarmen La Cubana- disse que, estar nomeada, constitui "uma honra" e "permite uma grande visibilidade".
"É um dos mais importantes prémios para a música clássica em França e mesmo a nível internacional. Portanto, é um cartão-de-visita muito bom. Só o facto de estar nomeada já permite que, durante um mês, haja os vídeos que circulam na internet. Vou cantar na emissão de 1 de Fevereiro e, portanto, isso vai permitir que muita gente me conheça e oiça o meu nome", afirmou à Lusa a artista de 30 anos.
Além do voto do júri, que conta 50% para a decisão, o público também conta e pode votar até 31 de janeiro, através da internet, nomeadamente através da página da France 3e daFrance Musique.
Ainda que esteja "mais especializada em ópera, no repertório barroco e clássico", nomeadamente em Handel, Bach, Mozart, Rossini, Donizetti, Raquel Camarinha também faz recitais de canção de câmara, com repertório de mélodie française de Debussy, Fauré e Poulenc e delied alemão de Schubert, Schumann, Wolf, Brahms, gostando também de participar em criações contemporâneas.
A cantora lírica estreou, entre outras, duas óperas do compositor português contemporâneo Luís Tinoco,Evil Machines (2008) ePaint Me (2010),La Passion de Simone, da finlandesa Kaija Saariaho (2014), e Giordano Bruno, do italiano Francesco Filidei (2015).
Raquel Camarinha começou os estudos musicais no conservatório da Póvoa de Varzim, tirou uma licenciatura em Canto na Universidade de Aveiro e, em 2009, foi para Paris onde tirou dois mestrados em Canto e em Música de Câmara, no Conservatório Nacional Superior de Música e Dança de Paris, e obteve os Diplomas de "Artista Intérprete em Canto" e "Artista Intérprete em Repertório Contemporâneo e Criação".
"Escolhi Paris por várias razões. Para já, porque é uma cidade muito central na Europa e que me permite deslocar-me muito facilmente para outros países. Eu trabalho frequentemente na Alemanha, na Holanda, na Suíça, em Espanha, em Portugal e, portanto, é bastante central e permite-me facilmente deslocar. Por outro lado, Paris culturalmente é uma cidade fantástica, estão sempre muitas coisas a acontecer", descreveu a cantora.
Regressar a Portugal "é uma possibilidade e gostaria muito", mas, por enquanto, as viagens ao país natal só mesmo em trabalho, estando agendada a subida ao palco emA Paixão segundo São João, de Bach, com a Orquestra XXI, de 27 a 29 de Abril, na Sé Catedral de Viseu, no Teatro Aveirense, em Aveiro, e no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.
Raquel Camarinha vai actuar este sábado na Philarmonie de Paris, com o espectáculoTurbulences Vocales, numa co-produção do Ensemble Intercontemporain.
Depois vai estar no festival de música clássica Folles Journées de Nantes (02 de fevereiro), em Nîmes (23 de Fevereiro), na Villa Medicis, em Roma (2 de Março), na Cathédrale des Invalides, em Paris (12 de Abril), e no Thêatre des Champs Elysées, também na capital francesa, em Junho.
A cantora está, ainda, a preparar, com o pianista francês Yoan Héreau, um projecto de gravação de um CD com a integral das melodias de Chopin para ser editado em França.
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