O presidente do Sindicato dos Médicos Dentistas garantiu ter provas que se reuniu em junho com o chefe de gabinete de Ana Paula Martins.
O presidente do Sindicato dos Médicos Dentistas (SMD) acusou hoje a ministra da Saúde de mentir ao parlamento e garantiu ter provas que se reuniu em junho com o chefe de gabinete de Ana Paula Martins.
Tiago Petinga/Lusa
"Eu fico alarmado como é que a ministra, perante o parlamento e os deputados, mentiu relativamente a essa situação", adiantou à agência Lusa João Neto, depois de Ana Paula Martins ter afirmado hoje, numa audição parlamentar, que desconhecia o SMD.
Adiantou ainda que vai reunir hoje à noite a direção do sindicato de urgência para analisar as "próximas ações a tomar".
"Não vamos ficar por aqui, vamos pedir desmentidos e vamos pedir ao primeiro-ministro uma justificação relativamente a essas ações", referiu ainda João Neto.
Segundo disse, o sindicato "tem provas" que recebeu, em 11 de abril, um correio eletrónico do Ministério da Saúde a solicitar que se preparasse para uma reunião posterior, ao que se seguiram "sucessivos contactos telefónicos".
"O que é certo é que, no dia 21 de junho, tivemos uma reunião agendada no ministério. Há registos e não pode mentir relativamente a isso", adiantou João Neto, avançando que a reunião decorreu, porém, com o chefe de gabinete, uma vez que a ministra "estava ausente no Luxemburgo".
"Tivemos a reunião com o chefe de gabinete da senhora ministra e deixamos um dossier. O chefe do gabinete disse que era uma reunião preparatória para depois uma reunião com a ministra", referiu.
Entretanto, de acordo com o presidente do sindicato, "ficou a reunião marcada para 22 de outubro", mas, dias antes pelas 16:30, "uma assessora ligou a dizer que estava cancelada a reunião e não deu alternativa nem qualquer fundamentação".
"Acho que é um esquecimento propositado, porque esta ministra não quer negociar as carreiras e não quer resolver os problemas da saúde oral e anda a protelar essas reuniões e tratou-nos com pouca dignidade", lamentou João Neto, ao salientar que o sindicato está legalizado e com os seus estatutos publicados.
Durante a audição parlamentar de hoje, a ministra da Saúde disse desconhecer o Sindicato dos Médicos Dentistas que exigiu no domingo a sua demissão, assegurando que não teve conhecimento de qualquer pedido de reunião por parte daquela estrutura sindical.
O SMD acusou no domingo a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, de falta de respeito, depois de sucessivos cancelamentos de reuniões e exigiu a sua demissão, tendo dado conhecimento da situação ao primeiro-ministro.
Questionada sobre esta matéria no parlamento, a ministra afirmou: "Não conheço aquele sindicato, nunca entrou no meu gabinete. Pelo menos, nunca me foi dado nenhum pedido de reunião com aquele sindicato de dentistas".
"Não sei quem são e se quiserem pedir uma reunião, desde que seja um sindicato legal e legalizado, com certeza que terão toda a atenção", declarou Ana Paula Martins.
Sindicato dos dentistas acusa ministra de mentir ao parlamento
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.