Depois de Mesut Özil, do Arsenal, ter renunciado após o Mundial 2018, no qual a então campeã em título Alemanha teve um desempenho decepcionante, o seleccionador deu um sinal de que o ciclo de Khedira na selecção também terminou.
Löw promoveu as estreias de Tilo Kehrer (Paris Saint-Germain), Kai Havertz (Bayer Leverkusen) e Nico Schulz (Hoffenheim), bem como o regresso de Leroy Sané (Manchester City), que, com alguma surpresa, não incluiu nos eleitos para o Mundial 2018.
Em relação ao grupo dos mundialistas, o seleccionador prescindiu do terceiro guarda-redes Kevin Trapp (Paris Saint-Germain), do lateral Marvin Plattenhardt (Hertha Berlim) e do médio Sebastian Rudy (emprestado ao Schalke 04 pelo Bayern Munique).
Nos convocados de Joachim Löw mantêm-se sete campeões mundiais em 2014, com destaque para o guarda-redes do Bayern Munique Manuel Neuer, que mantém o estatuto de capitão.
Low negou ainda a existência de qualquer forma de racismo na selecção, antes ou durante o Mundial 2018, contrariando o que Özil disse na altura em que renunciou àmannschaft.
"Desde que estou com a federação alemã [em 2004 como treinador adjunto] nunca houve qualquer tipo de racismo na selecção. Os jogadores sempre se identificaram com os nossos valores", assegurou Löw.
Özil, que durante anos foi um dos jogadores imprescindíveis de Löw, deixou a selecção após o Mundial 2018, depois de uma violenta controvérsia em torno de uma fotografia tirada com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan.
Num comunicado de quatro páginas, no momento da sua renúncia à selecção, o jogador alemão de origem turca acusou o presidente da federação alemã, Reinhard Grindel, de "racismo".
Numa análise muito longa ao desempenho da Alemanha na Rússia, o seleccionador admitiu que a controvérsia em torno dos jogadores de origem turca foi "subestimada", considerando que a polémica "retirou força" e "mexeu com os nervos".