"As consequências negativas afetaram precisamente os países que promoveram as restrições sancionatórias", diz o vice-primeiro-ministro russo.
O vice-primeiro-ministro russo Alexander Novak alertou hoje que a Europa terá dificuldade em substituir o gás e o petróleo russos em cinco a dez anos e que as sanções estão a exercer uma pressão sem precedentes na economia mundial.
"A situação está a evoluir de acordo com o princípio de um 'boomerang': as consequências negativas afetaram precisamente os países que promoveram as restrições sancionatórias", escreveu Novak, responsável pelo setor da energia, num artigo numa revista do setor, citado pela agência Efe.
O vice-primeiro ministro assinalou que a elevada volatilidade e o aumento dos preços nos recursos energéticos foram a "resposta imediata" à incerteza causada pelas sanções impostas a Moscovo.
"Como resultado, os preços dos principais recursos energéticos atingiram máximos recorde em março numa questão de horas", acrescentou.
Segundo Novak, a União Europeia (UE) pretende prescindir de gás e gasóleo russos a curto prazo sem ter assegurado abastecimentos alternativos.
"Os principais intervenientes no setor concordam que será difícil substituir totalmente o petróleo e o gás russos dentro de cinco a dez anos", apontou.
"Devido à turbulência criada no mercado dos recursos energéticos pelos próprios europeus, os políticos da UE precisam agora de procurar urgentemente fontes de energia alternativas às da Rússia", disse ainda, assegurando que não há atualmente uma alternativa racional aos fornecimentos russos.
Para Novak, é "impossível falar de uma segurança energética" na Europa sem os recursos russos, dada a quota de mercado.
A UE adotou cinco pacotes de sanções contra a Rússia desde 22 de fevereiro.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou quase dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A guerra causou a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, mais de 5 milhões das quais para os países vizinhos.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
Rússia diz que sanções estão a exercer pressão na economia mundial
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Seria bom que Maria Corina – à frente de uma coligação heteróclita que tenta derrubar o regime instaurado por Nicolás Maduro, em 1999, e herdado por Nicolás Maduro em 2013 – tivesse melhor sorte do que outras premiadas com o Nobel da Paz.
É excelente poder dizer que a UE já aprovou 18 pacotes de sanções e vai a caminho do 19º. Mas não teria sido melhor aprovar, por exemplo, só cinco pacotes muito mais robustos, mais pesados e mais rapidamente do que andar a sancionar às pinguinhas?
“S” sentiu que aquele era o instante de glória que esperava. Subiu a uma carruagem, ergueu os braços em triunfo e, no segundo seguinte, o choque elétrico atravessou-lhe o corpo. Os camaradas de protesto, os mesmos que minutos antes gritavam palavras de ordem sobre solidariedade e justiça, recuaram. Uns fugiram, outros filmaram.