Acompanhada pelo marido, o duque de Edimburgo, a rainha de 91 anos juntou-se a outras pessoas reunidas diante do palácio Buckingham para o minuto de silêncio, que aconteceu por volta das 10:45 horas no Reino Unido (mesma hora em Lisboa). Hoje, assinala-se o aniversário oficial da rainha com a parada militar Trooping the Colour.
A rainha, num comunicado sem precedentes, admitiu que é difícil evitar o ânimo sombrio que se vive no Reino Unido depois das tragédias vividas este ano no país, como os atentados terroristas e o recente incêndio no edifício residencial de Londres. No documento, lê-se: "Hoje é tradicionalmente um dia de celebração. Este ano, contudo, é difícil escapar a um humor nacional sombrio. Nos últimos meses, o país testemunhou uma sucessão de tragédias terríveis. Como nação, continuamos a reflectir e a rezar por todos os que foram directamente afectados por estes eventos. Durante visitas recentes a Manchester e Londres, fiquei profundamente emocionada pela disponibilidade das pessoas em todo o país para oferecer conforto e apoio aos que dela necessitam desesperadamente. Quando testado, o Reino Unido mostrou-se firme frente à adversidade. Unidos na nossa tristeza, estamos igualmente determinados, sem medo ou favores, a apoiar todos os que estão a reconstruir vidas que foram tão horrivelmente afectadas pela perda ou por ferimentos."
Pelo menos 30 pessoas morreram no incêndio que deflagrou na madrugada de quarta-feira na Torre Grenfell e rapidamente alastrou a todo o edifício de 24 andares e 120 apartamentos, onde residiam entre 400 e 600 pessoas.
As chamas, que destruíram totalmente o prédio, fizeram igualmente 78 feridos, 19 dos quais continuam internados em quatro hospitais da capital britânica, 10 deles em estado crítico. Há cerca de 70 desaparecidos.
A primeira-ministra britânica, Theresa May, anunciou que serão disponibilizados cinco milhões de libras (5,7 milhões de euros) para ajuda de emergência às vítimas do incêndio em Londres.