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PSP encerra 17 esquadras em Lisboa e no Porto

18 de março de 2016 às 11:57
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O objectivo da reorganização era dar "mais visibilidade às forças de segurança"

A Polícia de Segurança Pública (PSP) encerrou dez esquadras em Lisboa e sete no Porto, ao longo dos últimos dois anos, no âmbito do processo de racionalização ainda em curso, segundo a direcção nacional da força de segurança.

No Comando Metropolitano de Lisboa da PSP foram encerradas esquadras em locais como a rua Gomes Freire, Rossio, Boavista,Belavista, Santa Marta, Mouraria, Alto do Lumiar, Santa Apolónia,Chelas(Zona J) e Quinta da Cabrinha (Alcântara).

A esquadra da Quinta da Cabrinha é agora a sede das equipas de intervenção e fiscalização policial, a deChelas(zona J) mantém-se aberta como posto de atendimento permanente, enquanto a esquadra de Santa Apolónia funciona como posto de atendimento ao turismo.

A Divisão de Trânsito foi deslocada para a esquadra do Alto do Lumiar, a qual também funciona como esquadra de atendimento permanente.

A proposta de reorganização, elaborada pelo Governo e pela PSP e aprovada em reunião de Câmara de Lisboa, em maio de 2014, previa o encerramento de 14 esquadras: Rossio, Mouraria, Santa Marta, Rato,Arroios, Zona I (Chelas),Chelas(Zona J), Bairro da Horta Nova, Bairro Padre Cruz,Carnide, Calvário, Quinta do Cabrinha,CampolideeSerafina.

Nove destas esquadras mantêm-se actualmente em funcionamento: Rato,Arroios, Calvário, Zona I (Chelas),Campolide,Serafina, Bairro da Horta Nova, Bairro Padre Cruz eCarnide.

Além de cinco esquadras da lista inicial fecharem portas -- Rossio, Mouraria, Santa Marta,Chelas(zona J) e Quinta da Cabrinha -, as outras cinco que foram encerradas não constavam da proposta: rua Gomes Freire, Boavista,Belavista, Alto do Lumiar e Santa Apolónia.

O plano de reorganização contemplava ainda a abertura de outras seis esquadras em Lisboa: na Baixa Pombalina, no Palácio daFolgosa, na estação do Metropolitano do Marquês de Pombal, emCampolide, noLispólis(Lumiar) e em Alcântara.

Contudo, destas, a única esquadra aberta foi a do Palácio daFolgosa, na rua da Palma.

Quanto ao Comando Metropolitano do Porto da PSP, nos últimos dois anos encerraram sete esquadras: praça Coronel Pacheco, rua da Boavista,Carvalhido, São João de Deus, Leça da Palmeira,AreosaeLagarteiro, esta transformada em posto de atendimento permanente.

Os postos de informação de polícia emGuifões, Leça doBalioe Vilar do Andorinho também já se encontram fechados ao público.

A proposta de reorganização do Comando Metropolitano do Porto previa o encerramento das sete esquadras de atendimento e destes três postos de informação de polícia, assim como a transferência da sede da Divisão de Investigação Criminal do Porto, o que ainda não se verificou.

Numa resposta escrita enviada à Lusa, a direcção nacional da PSP diz que o encerramento de esquadras e de postos de atendimento, em Lisboa e no Porto, "foi gradual, num período que se estendeu pelos últimos dois anos", sublinhando que este processo continua em aberto.

"Considerando que ambos os processos de racionalização não estão fechados, e porque existe um diálogo próximo com o ministério sobre estas matérias, nesta fase, não nos é possível tecer quaisquer comentários ou anteciparperspectivassobre a evolução destedossiê", explica.

De acordo com o antigo ministro da Administração Interna Miguel Macedo (titular da pasta quando o plano foi definido), oobjectivodesta reorganização visava dar "mais visibilidade às forças de segurança", "maior proximidade e maior intensidade de patrulhamento" e "menos elementos policiais dedicados aactividadesde logística e administrativa".

Questionado pela Lusa, o gabinete daactualministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, respondeu que "não se pronuncia nesta altura sobre essa matéria".