Até agora, uma pessoa com problemas de visão é acompanhada na mesa de voto o que limita os seus direitos de sigilo
O Partido Socialista defendeu hoje a utilização do voto matriz em braille para que as pessoas com deficiência visual possam exercer o direito de voto em condições de sigilo e igualdade.
Numa acção de pré-campanha realizada junto à Assembleia da República, denominado "Tão Simples", o PS criou um cenário com uma mesa de voto tradicional com votação em braille, estando presente na iniciativa a candidata pelo círculo de Lisboa Ana Sofia Antunes, invisual.
"As pessoas com deficiência visual quando exercem o seu direito de voto não o podem fazer de forma autónoma. Cada vez que se dirige a uma mesa de voto para votar têm que o fazer acompanhada. Isto é uma limitação ao pleno exercício dos seus direitos", disse aos jornalistas Ana Sofia Antunes, sublinhando que "não é difícil dar a volta à questão".
Nesse sentido, o PS propõe a utilização do voto matriz em conjunto com o voto tradicional.
A candidata socialista explicou que o voto matriz é "genericamente igual" ao boletim de voto tradicional, estando indicados os nomes dos partidos em braille, à frente do qual está um quadrado.
Ana Sofia Antunes adiantou que a Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (Acapo) defende esta proposta de voto há vários anos, tendo-a já apresentado à Comissão Nacional de Eleições, que justifica a não introdução do voto matriz com a necessidade de ser alterada a lei eleitoral.
Apesar de discordar desta justificação da CNE, Ana Sofia Antunes considerou que se deve alterar a lei eleitoral apenas para introduzir voto matriz.
"Defendemos que não implicaria qualquer alteração legal introduzir o voto matriz, mas se assim se entender, o que defendemos é que seja viabilizada a lei eleitoral apenas para introduzir esta questão", afirmou a candidata que se apresenta em 19.º lugar na lista do PS pelo círculo de Lisboa.
"Esta é uma forma de simplificar a vida e acima de tudo de as convencer que vale a pena ir votar, muita gente com deficiência visual não vai votar porque não se sente respeitada, não se sente dignificada", sustentou.
Com esta acção, o PS pretende mostrar "como é tão simples conseguirmos dar a voltar à questão da liberdade do exercício de voto em condições de sigilo para as pessoas com deficiência visual", acrescentou.
PS propõe voto matriz em braille para deficientes visuais
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.