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Polícia detém professor acusado de tentar vender uma rapariga albina

15 de setembro de 2015 às 17:51
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A polícia do Malauí prendeu um professor primário quando este ia encontrar-se com um homem de negócios que iria comprar a rapariga por 8.800 euros

Um professor malauiano foi detido esta terça-feira, dia 15, acusado de tentar vender uma rapariga albina por 8.800 euros, disse hoje um porta-voz da polícia do Malauí, país a braços com casos de tráfico de albinos ligados à superstição.

A polícia malauiana garante ter apanhado Phillip Ngulube quando o professor primário ia supostamente ao encontro de um homem de negócios que iria comprar a rapariga por 8.800 euros.

Phillip Ngulube foi preso no norte da cidade de Mzuzu e foi acusado de rapto com intenção de assassinar a vítima, disse o porta-voz da polícia, Maurice Chapola, citado pela AFP, acrescentando que muito provavelmente ela seria morta e o seu corpo esquartejado.

O suspeito disse à polícia que a estudante era sua namorada.

Desde a eclosão da onda de ataques contra albinos em Dezembro, a ONU estima que nove pessoas foram mortas no Malauí, país onde várias pessoas aguardam julgamento em conexão com crimes relacionados com albinos, incluindo assassínio e sequestros.

Em várias partes do continente africano, os albinos têm sido vítimas de homicídio para a extracção de órgãos por pessoas que acreditam que podem ficar ricas se forem tratadas com partes do corpo de albinos.

Segundo dados da ONU e policiais, a situação de pessoas com albinismo tem piorado nos últimos anos em África.

Na Tanzânia, que vai realizar eleições em Outubro, o ataque aos albinos poderá eventualmente aumentar, porque os políticos acreditam que o sacrifício de albinos lhes pode dar sorte nas urnas.

Nalguns países onde ocorre este tipo de crime, um esqueleto completo albino chega a valer 75 mil dólares, de acordo com a Cruz Vermelha.

Em Junho, o Malauí lançou uma investigação para estabelecer as causas dos homicídios de albinos e identificar quem compra as partes do corpo no país e nos países vizinhos Tanzânia e Moçambique.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.