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PJ deteve casal por abuso de menor e tráfico de seres humanos

15 de julho de 2015 às 17:30
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A vítima é uma rapariga que terá sido retirada contra a sua vontade do seu seio familiar quando tinha apenas 12 anos, vindo a ser obrigada a viver uma relação marital

A Polícia Judiciária (PJ) anunciou esta quarta-feira a detenção de um casal de estrangeiros, residente em Ovar, suspeito de abusar sexualmente de uma menor de 17 anos e de a obrigar a praticar furtos.

 

Segundo um comunicado da PJ, os arguidos estão "fortemente" indiciados pela prática dos crimes de tráfico de seres humanos, abuso sexual de criança, maus tratos e falsificação de documentos.

 

A vítima é uma rapariga que terá sido retirada contra a sua vontade do seu seio familiar quando tinha apenas 12 anos, vindo a ser obrigada a viver uma relação marital.

 

Segundo a PJ, os suspeitos contaram com a cumplicidade da mãe da criança, que terá recebido uma quantia monetária para o efeito.

 

No mesmo comunicado, a PJ refere que a criança terá já vivenciado anteriormente um outro episódio de vitimização, quando tinha apenas dez anos, tendo sido entregue em circunstâncias semelhantes a uma outra família que a transportou para um outro país.

 

A criança terá sido então submetida durante um ano à prática da mendicidade forçada e terá sido forçada igualmente a manter uma relação marital contra a sua vontade, vindo a ser depois restituída à progenitora.

 

"Em Portugal, a menor tinha a seu cargo toda a lide doméstica da casa, incluindo zelar pelos cuidados de cinco filhos menores dos suspeitos, para além de ser por estes obrigada a praticar furtos em alguns estabelecimentos comerciais", refere o comunicado.

 

Ainda de acordo com os investigadores, a não concretização dos furtos que lhe eram solicitados, ou o não cumprimento atempado de todas as tarefas domésticas de que era incumbida, tinham como consequência o espancamento da menor com um bastão, um instrumento de agressão que veio a ser apreendido pela Polícia.

 

Os detidos, de 36 e 37 anos, sem actividade profissional conhecida, vão ser presentes a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coacção tidas por adequadas.

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