"Como toda a gente já percebeu, há um acordo na direita entre o Chega e o PSD para a eleição" do presidente da Assembleia da República, afirmou o secretário-geral socialista.
O secretário-geral do PS considerou hoje que o PSD e o Chega se entenderam "na primeira necessidade", numa alusão aos nomes propostos para a mesa da Assembleia da República, o que disse comprovar que existe uma maioria de direita.
José Sena Goulão/Lusa
Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, após uma reunião do Grupo Parlamentar do PS, Pedro Nuno Santos disse que, "como toda a gente já percebeu, há um acordo na direita entre o Chega e o PSD para a eleição" do presidente da Assembleia da República.
"Essa é a grande notícia do dia de hoje, é que, depois de tanta separação e distanciamento, na primeira necessidade, o PSD e o Chega entenderam-se", afirmou.
O líder socialista recusou comentar se considera que o "não é não" do líder PSD, Luís Montenegro, ao diálogo com o Chega se esboroou, mas reiterou que se pode "constatar que há um entendimento entre o PSD e o Chega".
"É a constatação de que essa maioria de direita, que temos hoje no parlamento, ela de facto existe quando é necessário, como é o caso. Portanto, não vale a pena estarmos a fazer de conta que não existe uma maioria de direita que se entende: há uma maioria de direita que se entende, elegeu um presidente [do parlamento] legitimamente", afirmou.
Pedro Nuno Santos sublinhou que, desde a noite eleitoral, deixou claro que as eleições "representaram uma viragem à direita clara, que foi sendo negada pelo PSD".
"O PSD não fez até agora nenhum comentário, que se saiba, sobre o acordo a que chegaram com o Chega, só temos declarações do líder do Chega. Mas está claro para toda a gente. Registamos", disse.
Interrogado se o PS estava disponível para um entendimento com o PSD quanto à composição da mesa da Assembleia da República, Pedro Nuno Santos respondeu: "Não fomos contactados nem pelo líder da AD, nem pelo líder parlamentar do PSD".
Já questionado sobre qual vai ser o sentido de voto dos deputados do PS tanto no que se refere ao nome indicado pelo PSD para a presidência da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, como pelo Chega para a vice-presidência, Diogo Pacheco de Amorim, Pedro Nuno Santos disse que essa questão não é relevante, porque ambos têm a votação assegurada.
"Nós teremos votações à tarde. Todos perceberão a vontade dos diferentes deputados em relação aos eleitos. A única coisa que nós podemos ao momentos constatar é que existe um entendimento entre o PSD e o Chega", disse.
Esta segunda-feira, o líder do Chega, André Ventura, anunciou que o PSD iria viabilizar os candidatos do seu partido para a mesa do parlamento e indicou que, no seguimento dessa informação, iria transmitir aos seus deputados para apoiarem também os nomes dos sociais-democratas.
Já o secretário-geral do PSD, Hugo Soares, afirmou hoje que a viabilização pelos sociais-democratas dos candidatos a vice-presidentes dos quatro maiores partidos, incluindo o Chega, "é o cumprimento da Constituição"
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