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PCP de Beja diz que derrota é uma "perda para as populações"

A concelhia de Beja do PCP considerou hoje que a "opção dos eleitores" pelo PS para a gestão da câmara da capital de distrito, nas autárquicas de domingo, vai representar "uma perda para as populações".

A concelhia de Beja do PCP considerou hoje que a "opção dos eleitores" pelo PS para a gestão da câmara da capital de distrito, nas autárquicas de domingo, vai representar "uma perda para as populações".

"A CDU encarou estas eleições com a consciência de quem sente que tudo fez para melhorar a qualidade de vida das populações na cidade e nas freguesias rurais. Definiu-se um rumo e uma estratégia. Afirmou-se e preparou-se Beja para o futuro", indicou a concelhia do PCP, em comunicado.

Mas, nas eleições autárquicas realizadas no domingo, "foi outra a opção dos eleitores quanto aos destinos do município, que, naturalmente, respeitamos", acrescentou a estrutura comunista.

A conquista pelo PS da Câmara de Beja, "destronando" a CDU, "constituirá, infelizmente, uma interrupção na dinâmica e no projecto de desenvolvimento em curso e, sobretudo, uma perda para as populações", vaticinou o PCP.

A concelhia comunista de Beja, segundo o comunicado divulgado hoje, reuniu-se, na segunda-feira, para analisar a situação política e social em termos nacionais e locais, dedicando especial atenção aos resultados das autárquicas.

"Os resultados eleitorais não confirmaram os nossos objectivos. Não renovámos a maioria na câmara e assembleia municipal, nem se reforçaram posições e mandatos, mantendo a presidência de seis das nove freguesias que eram geridas pela CDU", assumiram os comunistas.

No próximo mandato autárquico, prometeu a concelhia do PCP, "a população do concelho de Beja continuará a contar com a CDU para fazer valer os seus interesses".

"Sabem que não estaremos ausentes da vida local durante quatro anos, para regressar uns meses antes das próximas eleições, quando os holofotes mediáticos passarem a justificar que se esteja presente", afirmou o PCP, em jeito de crítica às outras forças políticas.

O socialista Paulo Arsénio foi eleito, no domingo, presidente da Câmara de Beja, com maioria absoluta, recuperando para o PS o antigo bastião comunista do Baixo Alentejo.

A Câmara de Beja foi liderada por coligações encabeçadas pelo PCP entre 1976, quando se realizaram as primeiras eleições autárquicas depois do 25 de Abril de 1974, e 2009, quando o PS a conquistou pela primeira vez. Em 2013, foi recuperada pela CDU.

Nas autárquicas de domingo, a candidatura do PS liderada por Paulo Arsénio, ao conseguir 46,25% dos votos, reconquistou o município e elegeu quatro vereadores.

A CDU, através da recandidatura do actual presidente, o histórico autarca comunista João Rocha, alcançou 37,61%, perdeu a câmara e passou a segunda força política, elegendo três vereadores.

Já o PSD obteve 5,38% dos votos, o Bloco de Esquerda 3,43% e o CDS-PP 3,19%.

Nestas autárquicas, no distrito de Beja, com 14 concelhos, além da sede distrital, o PS "roubou" mais três câmaras à CDU (Barrancos, Castro Verde e Moura), recuperando o título de força política maioritária na região.

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