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OE2019: Com a economia a crescer "é este o tempo de investir", defende Catarina Martins

02 de setembro de 2018 às 20:22
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Uma das grandes apostas dos bloquistas no último orçamento da legislatura é o investimento nos serviços públicos.

A coordenadora do BE, Catarina Martins, considerou este domingo que, com a economia em crescimento, este é o tempo para investir, com um Orçamento do Estado para 2019 (OE2019) que aposte nos serviços públicos.

Com as negociações do OE 2019 a decorrer, era esperado que Catarina Martins dedicasse parte do seu discurso de encerramento darentrée  do BE à proposta orçamental do próximo ano, tendo deixado o mote bem claro: "Investir".

"Investir. É este o tempo. Se não fora agora, quando? É agora que a economia cresce e que estamos a recuperar. É agora que podemos e devemos. Se não o fizermos, se deixarmos degradar mais os serviços públicos, as infraestruturas, o território, estaremos a hipotecar o futuro", enfatizou.

A coordenadora do BE elencou propostas do partido para o OE 2019, sendo algumas delas bandeiras já conhecidas como a descida do IVA da luz e do gás ou o aumento mínimo de 10 euros nas pensões mais baixas já em Janeiro.

No caso da saúde, e para "salvar o SNS", Catarina Martins defendeu o aumento de verbas, o fim das taxas moderadores e valorização dos profissionais de saúde.

"Investir na saúde, como na educação, na ciência, na cultura", defendeu.

Em relação aos professores, a líder do BE recordou a pressão do partido que permitiu a vinculação este ano de 7500 docentes, mas avisou que muitos outros se mantêm precários.

"Vincular professores, cumprir o que ficou já determinado no OE 2018 - contar o tempo de serviço dos professores e de todos os trabalhadores do Estado - e respeitar as carreiras integralmente", defendeu.

Para o OE 2019, o BE quer "menos propinas e mais apoios" no ensino superior.

"Repetir que queremos um país qualificado e manter a completa asfixia orçamental dos sectores do conhecimento é o absoluto vazio. Qualifica-se o país com investimento. Um por cento para a Cultura é mais do que tempo", defendeu.

Para os transportes públicos, desde logo a ferrovia, segundo Catarina Martins, também terá de haver verba disponível no OE 2019 porque "cada tostão que hoje poupamos na CP gastaremos em dobro ou triplo na recuperação do que se perdeu".

A justiça não fica de fora das prioridades e, por isso, o BE quer um "pequeno passo, mas essencial para garantir o seu acesso" que é "baixar as custas judiciais" já no próximo OE.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.