Joseph Stiglitz diz que se está a fazer o melhor dadas as regras da zona Euro e que deve haver aumento de impostos que "não magoe economia"
O Nobel da Economia Joseph Stiglitz defendeu o aumento de impostos de forma progressiva e para as empresas portuguesas que não investem no País e considerou que há uma "esperança considerável" no novo Governo.
"Acho que há uma esperança considerável no novo Governo. Acredito que o novo Governo está a tentar descobrir como promover o crescimento económico com os constrangimentos da zona euro", disse Joseph Stiglitz aos jornalistas após a conferência 'Desigualdade num Mundo Globalizado', que decorreu ao final da tarde de terça-feira na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.
O economista norte-americano considerou que Portugal deve "focar-se na estratégia de crescimento económico", defendendo que deve ser baseada, em parte, "num aumento de impostos que não magoe a economia".
Austeridade é uma escolha política
O prémio Nobel da Economia afirmou ainda que a desigualdade e a austeridade são uma escolha política e que diferentes medidas podem ser tomadas para estimular o crescimento económico e reduzir a desigualdade.
"A desigualdade é uma escolha. Não uma escolha que os pobres fazem, mas uma escolha política. É um resultado das medidas que são tomadas", disse em Lisboa.
Mesmo num "contexto de austeridade" na zona euro, o Nobel da Economia considerou que a austeridade também é "uma escolha" e que "há várias medidas que podem ser tomadas", mesmo dentro desse contexto para estimular o crescimento económico.
Nobel da Economia tem "esperança" na receita do novo Governo
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