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Marcelo, Costa, Passos e Portas lamentam a morte do "amigo"

14 de março de 2016 às 18:56
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Presidente da República tinha estado com Nicolau Breyner há dois dias. "Nada podia fazer prever este desenlace", disse no Palácio de Belém. Políticos reagem à morte do actor

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse hoje ter tido "um grande desgosto" com a morte de Nicolau Breyner, "um grande artista, grande coração e grande amigo" e que teve uma "vida culturalmente e humanamente muito rica".

"Acabei de saber que morreu Nicolau Breyner e tive um grande desgosto. Um grande desgosto não só por ser um grande artista, um grande coração e um grande amigo", disse Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, numa declaração no Palácio de Belém, em Lisboa.

O Presidente da República saudou "uma carreira e uma vida que foi uma vida culturalmente e humanamente muito rica", associando-se "ao pesar da família e dos amigos". "Tinha estado com ele há dois dias na Livraria Sá da Costa na inauguração de uma exposição ao fim da tarde e parecia-me de saúde, como sempre muito feliz, muito caloroso, muito amigo. Eu não podia prever este desenlace", disse ainda.

Sendo "amigos há décadas", Marcelo disse que tem memória de "muitos episódios". "Acompanhei muito de perto a sua actividade e era uma grande figura como artista, como coração, como pessoa e como amigo", concluiu.

Também o primeiro-ministro, António Costa, lamentou a morte do amigo, actor e realizador, considerando que "deixa um vazio imenso" no mundo do teatro, do cinema e da televisão em Portugal. "Foi com surpresa e tristeza que tomei conhecimento do falecimento do Nicolau Breyner, um extraordinário actor, nos últimos anos um grande realizador, além disso um amigo, e que deixa um vazio imenso no teatro, no cinema, nas novelas em Portugal", afirmou o chefe do executivo aos jornalistas.

António Costa sublinhou que o país deve a Nicolau Breyner "alguns dos mais notáveis papéis representados em Portugal" e "grandes momentos de humor em que ele era absolutamente exímio, desde a crítica política à crítica de costumes". "É uma grande perda para todos nós e para mim uma grande tristeza", afirmou o primeiro-ministro.

Já o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, considerou incontornável o contributo que Nicolau Breyner deu para o teatro, o cinema e a televisão na democracia portuguesa. "Como actor, realizador, produtor ou argumentista, como empresário ou formador de atores, como cidadão empenhado e homem de cultura solidário, Nicolau Breyner deixa um património de trabalho e de vida que merecem o nosso profundo respeito e um enorme agradecimento", refere ainda Passos Coelho numa nota enviada à comunicação social.

O antigo líder do CDS Paulo Portas reagiu com enorme choque à notícia, de quem era amigo muito próximo. "Conhecia-o há muitos anos (…)", disse à SIC Notícias, recordando "um homem excepcional como ser humano. Um homem muito amigo dos seus amigos. Muito leal às suas amizades. Ajudava toda a gente".  "Tinha uma relação com a vida incrível. Estou completamente chocado. Receber esta noticia foi uma coisa impressionante", terminou.

O actor e realizador Nicolau Breyner, 75 anos, morreu esta segunda-feira, em casa, em Lisboa, disse à Lusa fonte da assessoria do actor. De acordo com a mesma fonte, Nicolau Breyner não se encontrava doente, tendo falecido em casa durante a tarde, "aparentemente de causas naturais".