Embora a Junta de São Bernardo não tenha "provas concretas" para confirmar ou desmentir estas afirmações, o executivo decidiu suspender a atividade da AAI nas suas instalações.
A Junta de São Bernardo, em Aveiro, suspendeu a colaboração com a Associação de Apoio ao Imigrante (AAI) sediada nas suas instalações e que tem sido referenciada como sendo "pró-russa", o que já foi negado pela coletividade.
A informação surgiu após a Associação dos Ucranianos em Portugal (AUP) ter denunciado a existência de várias associações em Portugal a acolher refugiados ucranianos e que estão ligadas a organizações do estado russo, dando como exemplo a associação com sede em São Bernardo.
Embora a Junta de São Bernardo não tenha "provas concretas" para confirmar ou desmentir estas afirmações, o executivo liderado por Henrique Vieira (PSD/CDS/PPM) decidiu suspender a atividade da AAI nas suas instalações.
"Neste momento, devido a toda as suspeitas levantadas o executivo decidiu suspender a atividade da Associação na Junta de Freguesia. Até que tudo se esclareça, esta é a nossa posição", refere um comunicado da Junta de São Bernardo.
Na mesma nota, a Junta esclarece que toda a atividade da AAI foi sempre autónoma e que, nos últimos 10 anos, a presença da associação em São Bernardo foi "pontual".
Em declarações à Lusa, a presidente da AAI, Lyudmila Bila, negou ter qualquer colaboração com a Embaixada da Rússia ou com a Embaixada da Ucrânia, em Portugal. "Somos autónomos. Não temos colaborações com embaixadas. Só trabalhamos com o Alto Comissariado para as Migrações", afirmou.
Esta cidadã ucraniana referiu ainda que espera que a decisão da Junta de São Bernardo de suspender a atividade da AAI nas suas instalações seja temporária.
A líder da AAI garantiu ainda a continuidade do projeto educativo das aulas de português para refugiados ucranianos da associação, que estão a decorrer aos sábados à tarde na Escola n.° 1 de São Bernardo, envolvendo cerca de 35 alunos.
Na passada sexta-feira, em entrevista à SIC Notícias, o presidente da AUP, Pavlo Sadokha, disse que em Aveiro há uma organização de apoio ao imigrante, com Lyudmila Bila, que "também faz parte destas organizações pró-russas".
Posteriormente, o presidente da Câmara de Aveiro, Ribau Esteves, afirmou a várias estações de televisão ter informações de que a associação com sede em São Bernardo é "pró-russa".
"Temos informações de que essa associação tem relações com a Rússia. É uma associação pró-russa", referiu Ribau Esteves, assegurando ainda que desde que foi eleito, a Câmara de Aveiro não concedeu qualquer apoio a esta associação, embora o tenha feito no tempo do seu antecessor, Élio Maia.
Em declarações à Lusa, o autarca lembrou que foi o primeiro político português a alertar que, no acolhimento aos refugiados, nem todos são pró-ucranianos, afirmando que havia em Aveiro cidadãos ucranianos a apoiar a chegada de refugiados que eram pró-russos.
Ribau Esteves esclareceu ainda que a autarquia tem como interlocutor da comunidade ucraniana um padre ortodoxo no acolhimento aos refugiados.
"Nós, em Aveiro, temos um interlocutor da comunidade ucraniana, o padre Vazil, pessoa a quem reconhecemos idoneidade e credibilidade e que nos ajuda a referenciar interlocutores complementares credíveis", explicou.
A AAI foi criada em 2001, na Junta de São Bernardo, com o propósito de integração dos imigrantes de leste.
Segundo informação disponibilizada na sua página na internet, a associação conta atualmente com 2.600 sócios de diversas origens e está aberta a todas as nacionalidades.
A AAI tem como papel principal facultar os direitos e deveres aos recém-chegados imigrantes para facilitar e agilizar a sua integração na sociedade.
Junta de São Bernardo suspende colaboração com associação acusada de ser "pró-russa"
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Agora, com os restos de Idan Shtivi, declarado oficialmente morto, o gabinete do ministro Paulo Rangel solidariza-se com o sofrimento do seu pai e da sua mãe, irmãos e tias, e tios. Família. Antes, enquanto nas mãos sangrentas, nem sequer um pio governamental Idan Shtivi mereceu.
Na Europa, a cobertura mediática tende a diluir a emergência climática em notícias episódicas: uma onda de calor aqui, uma cheia ali, registando factos imediatos, sem aprofundar as causas, ou apresentar soluções.
"Representa tudo o que não sei como dividir. As memórias, os rituais diários, as pequenas tradições. Posso dividir móveis e brinquedos, mas como divido os momentos em que penteava o cabelo da Ema todos os dias enquanto ela se olhava no espelho?"
No meio da negritude da actualidade política, económica e social em Portugal e no resto do Mundo, faz bem vislumbrar, mesmo que por curtos instantes, uma luz.