O presidente da Comissão Europeia afirmou-se hoje triste com o "chumbo" no referendo realizado na Holanda sobre o acordo de associação entre a União Europeia e a Ucrânia
O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, afirmou-se triste com o "chumbo" no referendo realizado na Holanda sobre o acordo de associação entre a União Europeia (UE) e a Ucrânia.
Na conferência de imprensa diária, em Bruxelas, o porta-voz da Comissão, Margaritis Schinas, respondeu que o presidente se manifestou triste quando recebeu os resultados provisórios que indicam 61,1 por cento de votos no 'não', num referendo com uma taxa de participação de 32,2%, o que o torna válido.
O mesmo responsável afirmou que o executivo comunitário tomou nota do resultado do referendo consultivo, que é uma "matéria nacional".
"Compete agora ao governo holandês analisar o resultado e decidir a forma de ação", notou Schinas, recordando que o acordo foi assinado e ratificado por 27 Estados-membros da UE, assim como pelo Parlamento Europeu.
O acordo surgiu na sequência de uma decisão unânime do Conselho, no qual participam os líderes dos 28, acrescentou.
O porta-voz escusou-se a desenvolver eventuais consequências do resultado do referendo até porque os resultados oficiais da votação popular só deverão ser conhecidos no próximo dia 12.
Os votos a favor do acordo de livre comércio entre a União Europeia e a Ucrânia, somaram 38,1%, informaram a estação de televisão pública NOS e a agência noticiosa holandesa ANP.
A comissão eleitoral vai divulgar os resultados definitivos no próximo dia 12, pelo que os dados disponíveis são os resultados provisórios divulgados pelos meios de comunicação.
O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, já reagiu, dizendo: "Agora entramos num processo que, seguramente, vai durar uns dias. Temos que discutir o assunto no Conselho de Ministros, na Europa e no Parlamento. Vamos dar tempo. Acho que devemos mostrar respeito para os eleitores", acrescentou.
Já Diederik Samson, líder dos trabalhadores do PvdA, que forma Governo com o liberal Rutte, considerou "complicado" o resultado do referendo e recomendou ao executivo que pense bem nos passos que irá dar.
O líder do partido islamófobo PVV, Geert Wilders, congratulou-se na rede social Twitter com o resultado do referendo e disse que "os dois terços dos votantes que disseram 'não' representam um voto de confiança das pessoas contra a elite em Bruxelas e Haia", referindo-se à União Europeia e ao governo de Rutte.
Também o eurocéptico britânico Nigel Farage se congratulou com o resultado do referendo, acrescentando ter falado com os organizadores da consulta popular da Holanda no sentido de estes se deslocarem ao Reino Unido para fazerem campanha na consulta popular, de 23 de Junho.
Juncker triste com "não" holandês sobre união UE-Ucrânia
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