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Hungria referenda quotas europeias para acolher refugiados

02 de outubro de 2016 às 09:42
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Os húngaros escolheram este domingo num referendo o sistema europeu de recolocação de refugiados com a posição anti refugiados do governo de Viktor Órban a ganhar terreno

A Hungria realiza este domingo um referendo sobre o sistema europeu de recolocação de refugiados, com o governo do populista de Viktor Órban activamente envolvido numa campanha de desafio à União Europeia e repúdio aos refugiados.

Segundo as sondagens, a maioria dos 8,3 milhões de eleitores deve responder "não" à pergunta "A Europa deve ditar a instalação obrigatória de cidadãos não-húngaros na Hungria mesmo sem acordo da Assembleia Nacional?".

Para que o resultado seja válido, a taxa de participação tem de atingir os 50% mais um, o que não parece assegurado, com apenas 42% de eleitores a dizerem-se certos de que irão votar.

A campanha do Governo, considerada "tóxica" pela Amnistia Internacional, assentou em mensagens alertando para "o perigo" que representam "milhões de refugiados" desejosos de ir para a Hungria e associando directamente refugiados e terrorismo islâmico.

A oposição socialista pediu um boicote, argumentando que "uma pergunta estúpida" só pode ter "uma resposta estúpida", e a formação de protesto satírica "Partido do Cão com Duas Caudas" pediu aos eleitores para votarem "sim", mas também "não", e fazerem "um desenho bonito" no boletim, invalidando o voto.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.