Sábado – Pense por si

Hong Kong suspende a importação de carne brasileira

21 de março de 2017 às 15:22
As mais lidas

Hong Kong anunciou hoje que suspendeu temporariamente a importação de carne brasileira por precaução depois de um escândalo de venda ilegal de carne divulgado pela polícia federal do Brasil na última sexta-feira

Hong Kong anunciou hoje que suspendeu temporariamente a importação de carne brasileira por precaução depois de um escândalo de venda ilegal de carne divulgado pela polícia federal do Brasil na última sexta-feira.

Hong Kong é um dos maiores importadores de carne bovina e de porco do Brasil, tendo sido destino de 14% das exportações destes produtos este ano.

Na última segunda-feira, a China, União Europeia, Coreia do Sul e o Chile anunciaram restrições às carnes brasileiras. A Coreia do Sul voltou atrás hoje e informou que permitirá a entrada destes produtos, mas aumentará a fiscalização.

Um grande escândalo envolvendo empresas brasileiras veio a público na última sexta-feira após a polícia local ter realizado uma grande operação contra companhias que supostamente subornavam funcionários públicos para vender carne ilegal e até mesmo produtos estragados no Brasil e no exterior.

Pelo menos 30 pessoas foram detidas e a polícia acabou por invadir mais de uma dúzia de unidades de processamento de carne.

Uma fábrica de processamento de aves do grupo multinacional BRF e duas fábricas de processamento de carne operadas pela empresa local Peccin foram fechadas.

A carne brasileira é exportada para mais de 150 países, com mercados principais como Arábia Saudita, China, Hong Kong, Singapura, Japão, Rússia, Holanda e Itália.

As vendas de carne de aves em 2016 atingiram 5,9 mil milhões de dólares (5,4 mil milhões de euros na cotação de hoje) e de carne bovina 4,3 mil milhões de dólares (4 mil milhões de euros), segundo os últimos dados divulgados pelo Governo brasileiro.

Urbanista

A repressão nunca é sustentável

Talvez não a 3.ª Guerra Mundial como a história nos conta, mas uma guerra diferente. Medo e destruição ainda existem, mas a mobilização total deu lugar a batalhas invisíveis: ciberataques, desinformação e controlo das redes.