O almirante continua sem esclarecer se será ou não candidato a Belém, afirmando que os resultados das sondagens que o dão como favorito não o influenciam a tomar uma decisão.
O almirante Henrique Gouveia e Melo defendeu hoje que o investimento em Defesa no país e na Europa deve ser um tema da campanha das eleições presidenciais de janeiro de 2026, continuando sem esclarecer se será ou não candidato.
Almirante Gouveia e Melo
O antigo chefe do Estado-Maior da Armada e nome falado para uma potencial candidatura à Presidência da República participou hoje no festival de 'podcasts' do semanário Expresso, que decorre na Reitoria da Universidade Nova de Lisboa (UNL), na gravação do programa "Expresso da Manhã" moderado pelo jornalista Paulo Baldaia e no qual também participou o jornalista Vítor Matos.
Interrogado sobre se desde que passou à reserva, no passado dia 27 de dezembro, está mais perto de uma eventual candidatura, Gouveia e Melo respondeu: "Desde que passei à reserva estou mais perto de tirar umas merecidas férias e depois logo se vê".
"Tive anos muito intensos, três anos a comandar a Marinha, o ano anterior relacionado com a pandemia [covid-19], e portanto acho que mereço umas férias pelo menos durante uns tempos", acrescentou.
Na primeira vez em público depois de deixar a vida militar, e à civil, Gouveia e Melo rejeitou que os resultados das sondagens que o dão como favorito na corrida presidencial representem um fator de maior pressão para tomar uma decisão.
"Encaro as sondagens, o que elas significam, agradeço aos portugueses a simpatia que manifestam muitas vezes até na rua e a confiança que têm em mim e para mim é só isso".
Durante o programa, sobre a defesa militar de Portugal e da Europa no contexto internacional, Gouveia e Melo considerou "urgente e necessário" debater o assunto na campanha para as presidenciais, considerando que o país não se pode alhear de um problema que "pode afetar" não só a segurança mas também a prosperidade.
Gouveia e Melo afirmou que a Rússia tenta "mudar regimes [europeus] que são democráticos e convertê-los em regimes protodemocráticos, para não chamar outra coisa" e alertou que a liberdade, a prosperidade e a segurança da Europa estão em risco.
"O que é que nós vamos fazer? Vamos fingir que o problema não existe? Não discutimos? Fechamos os olhos?", questionou.
O almirante defendeu que no contexto atual as leis internacionais "estão em causa" e a soberania que Portugal tem sobre algumas zonas marítimas pode ficar comprometida se esse sistema internacional colapsar.
Depois de esta semana o Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, ter defendido que a contribuição dos Estados-membros da NATO deveria corresponder a 5% dos respetivos produtos internos brutos (PIB), mais do dobro dos atuais 2% estabelecidos pela Aliança Atlântica, Gouveia e Melo foi interrogado sobre se este investimento pode significar cortes em políticas sociais.
Gouveia e Melo admitiu que, "de alguma forma, vai haver alguma afetação nas despesas sociais" com um maior investimento em Defesa. "Mas o que interessa também ter despesas sociais se não tivermos país? Ou se tivermos que obedecer a uma autoridade exterior, ainda por cima, ditatorial? Portanto, isto é um conjunto de pesos e contrapesos que temos que medir", afirmou.
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