Estudo permitiu descobrir "essencialmente a química por detrás da origem da vida", indica comunicado da universidade norte-americana de Purdue.
As gotículas de água guardam um "ingrediente secreto" que pode estar na origem da vida na Terra, uma descoberta que cientistas da universidade norte-americana de Purdue admitem poder contribuir para o desenvolvimento de novos medicamentos.
Purdue University file photo/Andrew Hancock
"Esta é a primeira demonstração de que moléculas primordiais, aminoácidos simples, formam espontaneamente péptidos, os blocos de construção da vida, em gotículas de água pura", disse,citado num comunicado da universidade, Graham Cooks, professor de Química Analítica na Faculdade de Ciências de Purdue.
De acordo com o químico, este estudo, hoje publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, permitiu descobrir "essencialmente a química por detrás da origem da vida", algo que intriga os cientistas há décadas.
De acordo com investigação da universidade dos EUA, a química à base de água "também pode levar ao desenvolvimento mais rápido de fármacos para tratar as doenças mais debilitantes da humanidade".
Segundo o estudo, os aminoácidos podem reagir e agregarem-se para formar péptidos, os "blocos de construção de proteínas e, eventualmente, da vida".
"Intrigantemente, o processo requer a perda de uma molécula de água, que parece altamente improvável num ambiente húmido, aquoso ou oceânico. Para a vida se formar, precisava de água, mas também precisava de espaço longe da água", adiantam as conclusões do estudo.
A investigação da equipa de Graham Cooks, perito em espetrometria em massa e química da Terra, permitiu dar resposta a este enigma, uma vez que a "água não está molhada em todo o lado".
"Nas margens, onde uma gota de água encontra a atmosfera, podem ocorrer reações incrivelmente rápidas, transformando aminoácidos abióticos nos blocos de construção da vida. Além disso, locais onde o `spray´ do mar voa para o ar e as ondas batem na terra, ou onde a água doce salpica ao descer uma encosta, eram paisagens férteis para a potencial evolução da vida", refere o estudo.
Os químicos envolvidos nesta investigação passaram mais de 10 anos a usar espetrómetros de massa para estudar reações químicas em gotículas de água.
Compreender como os aminoácidos se constituíram em proteínas e, eventualmente, formas de vida, permite, assim, revolucionar a compreensão dos cientistas da síntese química, um processo que pode "agora ajudar os químicos sintéticos a acelerar as reações críticas à descoberta e desenvolvimento de novos fármacos e tratamentos para doenças", adiantou a instituição norte-americana.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Não foi fácil, mas desvendamos-lhe os segredos do condomínio mais luxuoso de Portugal - o Costa Terra, em Melides. Conheça os candidatos autárquicos do Chega e ainda os últimos petiscos para aproveitar o calor.
Prepara-se o Governo para aprovar uma verdadeira contra-reforma, como têm denunciado alguns especialistas e o próprio Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, num parecer arrasador.
Imaginemos que Zelensky, entre a espada e a parede, aceitava ceder os territórios a troco de uma ilusão de segurança. Alguém acredita que a Rússia, depois de recompor o seu exército, ficaria saciada com a parcela da Ucrânia que lhe foi servida de bandeja?
No meio do imundo mundo onde estamos cada vez mais — certos dias, só com a cabeça de fora, a tentar respirar — há, por vezes, notícias que remetem para um outro instinto humano qualquer, bem mais benigno. Como se o lobo mau, bípede e sapiens, quisesse, por momentos, mostrar que também pode ser lobo bom.