A Fundação José Saramago vai oferecer durante todo o ano "uma programação variada que contará com concertos, sessões de cinema, mesas redondas e tertúlias"
A Fundação José Saramago assinala este ano o seu décimo aniversário e vai desenvolver várias iniciativas, a partir de sábado, entre exposições, cinema e concertos, tendo como ponto de partida o conto O Lagarto da autoria do escritor português.
Constituída pelo próprio escritor a 29 de Junho de 2007, a Fundação José Saramago assinala dez anos de existência, propondo-se oferecer durante todo o ano "uma programação variada que contará com concertos, sessões de cinema, mesas redondas, tertúlias e com a promoção da literatura em língua portuguesa para além das fronteiras de Portugal", anunciou esta quarta-feira aquela instituição cultural privada.
Assim, a 1 de Abril, abre ao público a exposição O Lagarto, de José Saramago e do gravurista brasileiro J. Borges, que consiste em vinte xilogravuras acompanhadas pelo texto integral do conto escrito há mais de 40 anos pelo Nobel português da literatura.
A exposição, que já passou pelo FOLIO (Festival Literário Internacional de Óbidos) inclui ainda as 13 matrizes em madeira esculpidas pelo xilogravador brasileiro.
O Lagarto é um conto breve que foi publicado em 1973 no livro A Bagagem do Viajante, uma compilação das crónicas escritas por José Saramago para o diário vespertino A Capital e para o semanário Jornal do Fundão entre 1971 e 1972.
A história narra o aparecimento, no Chiado, de um misterioso animal, cuja presença surpreende os transeuntes e mobiliza os bombeiros, o exército e a aviação.
O conto foi reeditado autonomamente em 2016, com as ilustrações de J.Borges, e publicada em Portugal pela Porto Editora e, no Brasil, pela Companhia das Letras, sendo este o livro que serve de ponto de partida para a exposição.
No sábado, 1 de Abril, pelas 17h00, será exibido um filme, realizado por Miguel Gonçalves Mendes, autor do filme José e Pilar, com a leitura do conto pela cantora brasileira Adriana Calcanhotto.
Em Abril, arranca um ciclo, dividido em oito sessões, da série documental Estórias do Tempo da Outra Senhora, da autoria do realizador e montador Edgar Feldman, que conta "estórias" de resistência que ainda ficaram por contar, mais de 40 anos depois do 25 de Abril.
Esta série documental, da qual será exibido um episódio em cada quarta-feira, até ao final de maio, debruça-se sobre a vida mundana e quotidiana de quem se empenhou e dedicou a vida a lutar pelos seus princípios e valores: como se relacionaram estas pessoas, como era o seu dia-a-dia, nas prisões, nas casas clandestinas e nas contrariedades com que se deparavam nas acções subversivas.
De toda a informação e documentação recolhida, foram seleccionadas "oito estórias entusiasmantes e reveladoras da realidade vivida e partilhada pelos que a partilharam", revela a fundação.
No dia 24 de Abril, um quinteto chefiado pelo contrabaixista Bernardo Moreira e pela voz de Paula Oliveira trará à fundação o concerto "Lisboa que adormece", a partir do disco homónimo (2005), com música portuguesa de autores como José Luis Tinoco, Sérgio Godinho, José Calvário e José Carlos Ary dos Santos, entre outros.
Neste concerto, Bernardo Moreira explora, com todo o seu conhecimento e experiência musical ligados ao jazz, temas que fazem parte da história recente da música portuguesa, sendo acompanhado, além de Paula Oliveira, pelo pianista Óscar Graça, o trompetista João Moreira e o baterista Bruno Pedroso.
Fundação José Saramago celebra dez anos com várias iniciativas
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