Dez pessoas morreram numa universidade no dia 1 de Outubro. Obama pede a Congresso que legisle sobre posse de armas de fogo
Um atirador matou nove pessoas e feriu sete numa universidade comunitária em Roseburg, no estado do Oregon. O homem que entrou nas salas de aula durante o dia e disparou sobre vários estudantes foi identificado como Chris Harper Mercer, de 26 anos. De acordo com o jornalWashington Post, tinha três pistolas e uma arma semiautomática em sua posse. Morreria mais tarde, durante uma troca de tiros com a polícia. O tiroteio começou às 10h38, hora local, e o atirador foi abatido às 10h47.
Segundo um agente federal ouvido pelo jornalThe New York Times, o atirador "parece ser um jovem furioso que estava cheio de ódio". O FBI estará a investigar uma conversa onlineno fórum 4chan e outras redes sociais, para perceber se esta prova se liga ao atirador. Nessa conversa, uma pessoa disse: "Não vão à escola amanhã se estão no Northwest [zona noroeste dos EUA, onde se situa o estado do Oregon]."
Este tiroteio ocorreu na Umpqua Community College, que segundo o Post se insere numa comunidade rural. Mercer começou a disparar no Snyder Hall, dentro de um edifício dedicado às ciências sociais e humanas. Nessa altura, segundo o jornal, grupos de estudantes que se aperceberam do que estava a acontecer saíram das instalações a gritar: "Há um atirador! Corram! Corram! Saiam daqui!" Segundo um estudante ouvido pelo jornalNews Review, antes de disparar Mercer perguntava aos estudantes se eram cristãos ou não.
O The New York Timesrecolheu outro testemunho de um estudante, Brady Winder, de 23 anos, que estava numa aula quando o tiroteio ocorreu. "Ouvimos um tiro. Parecia que alguém tinha deixado cair algo pesado ao chão, e toda a gente estranhou. Há uma porta que liga a nossa sala à outra, e a minha professora ia bater à porta, mas perguntou 'Está tudo bem?'. E depois ouvimos mais tiros. Congelámos todos por meio segundo. As cabeças de todos viraram-se e olhámos uns para os outros, a tentar perceber o que estava a ocorrer, e alguém disse, 'Isto são tiros'. Ouvimos pessoas a gritar ao lado. E aí todos fugimos. As pessoas estavam a saltar por cima das mesas, a deitar coisas abaixo."
Na imagem acima, Donice Smith (à esquerda), estudante na universidade, é abraçada depois de ter dito que uma das suas professoras tinha sido assassinada.
As autoridades acorreram rapidamente ao local para conseguirem estabelecer um perímetro de segurança e foi nessa altura que foram avançados os primeiros números de vítimas. Segundo oWashington Post, o FBI (que ficou com o caso) só irá divulgar as identificações das vítimas mortais daqui a dois dias.
Obama insiste com Congresso para que legisle sobre posse de armas de fogo
O Presidente norte-americano, Barack Obama, exprimiu na quinta-feira a sua cólera e tristeza perante os tiroteios, tornados "rotineiros" nos EUA, apelando mais uma vez ao Congresso que legisle sobre a posse de armas de fogo.
"Os nossos pensamentos e as nossas orações não são suficientes", lançou Obama, com a cara fechada, algumas horas depois do um tiroteio na universidade do Oregon.
"Isto tornou-se uma rotina", afirmou Obama. "Temos de mudar as nossas leis. Não pode ser assim tão fácil que alguém que queira fazer mal a terceiros ponha as suas mãos numa arma".
FBI investiga actividade online do atirador do Oregon
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.