Sábado – Pense por si

FBI investiga actividade online do atirador do Oregon

02 de outubro de 2015 às 09:39
As mais lidas

Dez pessoas morreram numa universidade no dia 1 de Outubro. Obama pede a Congresso que legisle sobre posse de armas de fogo

Um atirador matou nove pessoas e feriu sete numa universidade comunitária em Roseburg, no estado do Oregon. O homem que entrou nas salas de aula durante o dia e disparou sobre vários estudantes foi identificado como Chris Harper Mercer, de 26 anos. De acordo com o jornalWashington Post, tinha três pistolas e uma arma semiautomática em sua posse. Morreria mais tarde, durante uma troca de tiros com a polícia. O tiroteio começou às 10h38, hora local, e o atirador foi abatido às 10h47. 

Segundo um agente federal ouvido pelo jornalThe New York Times, o atirador "parece ser um jovem furioso que estava cheio de ódio". O FBI estará a investigar uma conversa onlineno fórum 4chan e outras redes sociais, para perceber se esta prova se liga ao atirador. Nessa conversa, uma pessoa disse: "Não vão à escola amanhã se estão no Northwest [zona noroeste dos EUA, onde se situa o estado do Oregon]."

Este tiroteio ocorreu na Umpqua Community College, que segundo o Post se insere numa comunidade rural. Mercer começou a disparar no Snyder Hall, dentro de um edifício dedicado às ciências sociais e humanas. Nessa altura, segundo o jornal, grupos de estudantes que se aperceberam do que estava a acontecer saíram das instalações a gritar: "Há um atirador! Corram! Corram! Saiam daqui!" Segundo um estudante ouvido pelo jornalNews Review, antes de disparar Mercer perguntava aos estudantes se eram cristãos ou não.

O The New York Timesrecolheu outro testemunho de um estudante, Brady Winder, de 23 anos, que estava numa aula quando o tiroteio ocorreu. "Ouvimos um tiro. Parecia que alguém tinha deixado cair algo pesado ao chão, e toda a gente estranhou. Há uma porta que liga a nossa sala à outra, e a minha professora ia bater à porta, mas perguntou 'Está tudo bem?'. E depois ouvimos mais tiros. Congelámos todos por meio segundo. As cabeças de todos viraram-se e olhámos uns para os outros, a tentar perceber o que estava a ocorrer, e alguém disse, 'Isto são tiros'. Ouvimos pessoas a gritar ao lado. E aí todos fugimos. As pessoas estavam a saltar por cima das mesas, a deitar coisas abaixo."

Na imagem acima, Donice Smith (à esquerda), estudante na universidade, é abraçada depois de ter dito que uma das suas professoras tinha sido assassinada. 

As autoridades acorreram rapidamente ao local para conseguirem estabelecer um perímetro de segurança e foi nessa altura que foram avançados os primeiros números de vítimas. Segundo oWashington Post, o FBI (que ficou com o caso) só irá divulgar as identificações das vítimas mortais daqui a dois dias.

Obama insiste com Congresso para que legisle sobre posse de armas de fogo

O Presidente norte-americano, Barack Obama, exprimiu na quinta-feira a sua cólera e tristeza perante os tiroteios, tornados "rotineiros" nos EUA, apelando mais uma vez ao Congresso que legisle sobre a posse de armas de fogo.

"Os nossos pensamentos e as nossas orações não são suficientes", lançou Obama, com a cara fechada, algumas horas depois do um tiroteio na universidade do Oregon.

"Isto tornou-se uma rotina", afirmou Obama. "Temos de mudar as nossas leis. Não pode ser assim tão fácil que alguém que queira fazer mal a terceiros ponha as suas mãos numa arma".

Cuidados intensivos

Loucuras de Verão

Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.