Sábado – Pense por si

Faculdade de Farmácia de Lisboa diz que "não ocorreu" plágio no caso da ministra da Saúde

Lusa 28 de junho de 2024 às 21:23
As mais lidas

Ana Paula Martins "cumpriu o programa proposto" no relatório de atividades académicas que desenvolveu, aponta direção.

A Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa esclareceu hoje que a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, "cumpriu o programa proposto" no relatório de atividades académicas que desenvolveu e que não houve plágio.

José Sena Goulão/Lusa

Numa nota enviada à agência Lusa, assinada pelo presidente do Conselho Científico da faculdade, António Almeida, e pela diretora da instituição, Beatriz Lima, é referido que "o relatório das atividades desenvolvidas foi objeto de análise pelo Conselho Científico, que apreciou os diversos aspetos do relatório e concluiu que o trabalho apresentado cumpriu o programa proposto".

"Quaisquer outras ilações não são possíveis de ser retiradas, designadamente quanto ao alegado plágio, que não ocorreu", sublinham os docentes.

O esclarecimento da faculdade surge depois de uma notícia da edição de hoje do jornal Público afirmar que a ministra da Saúde copiou trechos de um curso de uma universidade inglesa para o relatório que entregou no final de 2023.

O jornal adianta que a Faculdade de Farmácia de Lisboa identificou "inconformidades", mas na nota enviada à Lusa a instituição nunca as refere.

"O Conselho Científico reafirma a posição tomada de que o relatório foi corretamente aprovado", sintetiza a faculdade na missiva enviada ao final da tarde.

A instituição adianta ainda que Ana Paula Martins, professora auxiliar com agregação da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, entre dezembro de 2020 e dezembro de 2021, "esteve no exercício de licença sabática concedida por esta Faculdade, no âmbito da qual desenvolveu diversas atividades académicas, de acordo com o programa de trabalho proposto".

Hoje, após ter estado no parlamento a responder a uma interpelação do Bloco de Esquerda sobre o programa de emergência para a saúde, a ministra foi questionada pelos jornalistas sobre esta questão, mas escusou-se a fazer comentários.

Artigos Relacionados
No país emerso

Por que sou mandatária de Jorge Pinto

Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.

Visto de Bruxelas

Cinco para a meia-noite

Com a velocidade a que os acontecimentos se sucedem, a UE não pode continuar a adiar escolhas difíceis sobre o seu futuro. A hora dos pró-europeus é agora: ainda estão em maioria e 74% da população europeia acredita que a adesão dos seus países à UE os beneficiou.