Ex-fuzileiros acusados do homicídio do PSP Fábio Guerra negaram perante as chefias ter tido conhecimento durante a rixa que as agressões envolviam polícias.
Os ex-fuzileiros acusados do homicídio do PSP Fábio Guerra negaram perante as chefias ter tido conhecimento durante a rixa que as agressões junto à discoteca Mome, em Alcântara (Lisboa), envolviam polícias, disse hoje o superior hierárquico em tribunal.
Fábio Guerra
O cabo Cristiano Fonseca foi a última testemunha a ser ouvida no julgamento dos ex-fuzileiros Cláudio Coimbra e Vadym Hrynko, antes do início das alegações finais das defesas e do Ministério Público (MP), tendo explicado que foi contactado pelo primeiro arguido no dia seguinte aos acontecimentos e que lhe transmitiu que "tinha estado envolvido numa rixa à porta de uma discoteca" na avenida 24 de Julho.
"Ainda não tínhamos noção do mediatismo. Ele disse-me que um dos elementos envolvidos estava hospitalizado", referiu o militar ao coletivo de juízes e jurados, através de uma videochamada desde Moçambique, onde se encontra em missão.
Sublinhando que iria reportar às estruturas superiores, o cabo realçou a importância das notícias avançadas ao longo do dia pela comunicação social. "Começámo-nos a aperceber e a ligar as notícias que iam saindo com o que nos tinha sido relatado. Liguei novamente ao Cláudio Coimbra e disse que eventualmente poderiam ser chamados para se apresentar", disse, esclarecendo que estes se apresentaram no final dessa tarde na base do Alfeite.
Cristiano Fonseca declarou que falaram em separado com os dois fuzileiros (entretanto afastados da Marinha) e que estes asseguraram que tinham sido agredidos junto à discoteca.
"Após essa altura, já tinha saído na comunicação social que os elementos eram agentes da PSP. Perguntámos se souberam em algum momento que eram agentes da PSP, ao que eles disseram que não. O nosso interesse era saber se durante a rixa souberam que eram agentes e eles disseram que não", disse, sem deixar de admitir que, perante as notícias que foram sendo divulgadas, Cláudio Coimbra e Vadym Hrynko já teriam tido conhecimento dessa circunstância.
À curta inquirição do cabo Fonseca seguiu-se um requerimento dos representantes da família de Fábio Guerra (assistente no processo) para a junção aos autos de uma reportagem que, supostamente, ilustraria a formação em defesa pessoal dos arguidos. O MP defendeu essa junção e a defesa de Cláudio Coimbra não se opôs, mas o advogado de Vadym Hrynko contestou essa junção e o tribunal subscreveu os argumentos, indeferindo a junção.
A sessão no Juízo Central Criminal de Lisboa foi entretanto interrompida, retomando às 14:00 para o início das alegações finais.
O agente da PSP Fábio Guerra, 26 anos, morreu em 21 de março de 2022, no Hospital de São José, em Lisboa, devido a "graves lesões cerebrais" sofridas na sequência das agressões de que foi alvo no exterior da discoteca Mome, em Alcântara, quando se encontrava fora de serviço.
O Ministério Público (MP) acusou em setembro os ex-fuzileiros Cláudio Coimbra e Vadym Hrynko de um crime de homicídio qualificado, três crimes de ofensas à integridade física qualificadas e um crime de ofensas à integridade física simples no caso que culminou com a morte do agente da PSP Fábio Guerra.
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