Sábado – Pense por si

Eurovisão: do "exotismo sonoro" de Chipre à "delicadeza" de Portugal

12 de maio de 2018 às 19:23
As mais lidas

Pedro Salgado, crítico de música do GPS, analisa cada canção que vai ouvir na final do Festival Eurovisão da Canção.

A Altice Arena, em Lisboa, acolhe hoje a final da 63.ª edição do Festival Eurovisão da Canção, na qual competem 26 países, incluindo Portugal.

O Jardim, interpretado por Cláudia Pascoal
O Jardim, interpretado por Cláudia Pascoal

Portugal, por ser o país anfitrião, teve entrada directa na final, com a canção "O Jardim", interpretada por Cláudia Pascoal e composta por Isaura. Além de Portugal, também Espanha, Reino Unido, Alemanha, Itália e França (os países do chamado grupo dos 'Big 5') não tiveram que competir nas semifinais, nas quais foram apurados os restantes 20 países.

Na primeira semifinal, que decorreu na terça-feira na Altice Arena, no Parque das Nações, passaram à final Áustria, Estónia, Chipre, Lituânia, Israel, República Checa, Bulgária, Albânia, Finlândia e Irlanda, na segunda, que decorreu na quinta-feira no mesmo local, passaram Sérvia, Moldávia, Hungria, Ucrânia, Suécia, Austrália, Noruega, Dinamarca, Eslovénia e Holanda.

Pedro Salgado, crítico de música do GPS, dá a sua opinião acerca de cada canção que vai ouvir hoje na final da Eurovisão. 


Alemanha – "You Let Me Walk Alone" (Michael Schulte):

Uma bonita balada que também beneficia com a emotividade do cantor.



França – "Mercy" (Madame Monsieur):

Canção que cativa pela harmonia e pelo ritmo envolvente.



Itália – "Non Mi Avete Fatto Niente" (Ermal Meta e Fabrizio Moro):

Excelente manifesto pop contra o terrorismo.



Espanha – "Tu Canción" (Amaia y Alfred):

Dueto romântico.



Reino Unido – "Storm" (SuRie):

Pop dançante com alguns elementos de música ambiental.



Portugal – "O Jardim" (Isaura e Cláudia Pascoal):

O Jardim encanta pela sua delicadeza sonora e emotividade lírica, dando corpo a uma melodia simples e cativante.



Áustria – "Nobody But You" (Cesár Sampson):

Uma pop que aspira à espiritualidade por via do gospel.



Estónia – "La Forza" (Elina Nechayeva):

Reúne a pop e o canto lírico, numa tentativa de consagrar a voz de Elina Nechayeva.



Chipre – "Fuego" (Eleni Foureira):

Uma aposta no exotismo sonoro e no poder de sedução da cantora cipriota.



Lituânia – "When We’re Old" (Ieva Zasimauskaité):

Balada interpretada com competência.



Israel – "Toy" (Netta):

Um tema dançante com fortes características festivaleiras.



República Checa "Lie To Me" (Mikolas Josef):

Ao estilo das boysbands com um refrão apelativo e em ritmo de dança.



Bulgária "Bones" (Equinox):

Canção que combina a música étnica com a pop.



Albânia "Mall" (Eugent Bushpepa):

Uma voz poderosa ao serviço do rock épico.



Finlândia "Monsters" (Saara Alto):

Pop electrónica com sabor veraneante.



Irlanda "Together" (Ryan O’Shaughnessy):

Tema confessional com uma boa melodia.



Sérvia – "Nova Deca" (Sanja Ilic´& Balkanika):

Um encontro interessante entre a música étnica e a música de dança.



Moldávia – "My Lucky Day" (DoReDoS):

Pop colorida com travo folclórico.



Hungria – "Aws" (Viszlat Nyar):

Convictos no heavy metal.



Ucrânia – "Under The Ladder" (Melovin):

Uma canção que se destaca pela excelente interpretação e recriação da pop dos anos 80.



Suécia – "Dance You Off" (Benjamin Ingrosso):

Entre o funk e o disco sound razoáveis.



Austrália – "We Got Love" (Jessica Mauboy):

Tem os condimentos habituais da pop, mas falta-lhe um factor de diferenciação.



Noruega – "That´s How You Write A Song" (Alexander Rybak):

Canção animada com espírito optimista.



Dinamarca – "Higher Ground" (Rasmussen):

Tema épico que recorda a história dos vikings.



Eslovénia – "Hvala, ne" (Lea Sirk):

Uma tentativa pouco imaginativa de abordar a música de dança contemporânea.



Holanda – "Outlaw In ´Em" (Waylon):

Um country rock agradável.

Férias no Alentejo

Trazemos-lhe um guia para aproveitar o melhor do Alentejo litoral. E ainda: um negócio fraudulento com vistos gold que envolveu 10 milhões de euros e uma entrevista ao filósofo José Gil.