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Erdogan: Golpistas pagarão caro pela sua "traição"

Presidente turco falou ao povo a partir do aeroporto Ataturk. Dezenas de pessoas morreram. Ainda existem "bolsas de resistência" de militares, consideram serviços secretos

O presidente turco Recep Tayyip Erdogan está em Istambul, onde se dirigiu em directo ao povo com um discurso transmitido pela televisão. Após ter sido acolhido por uma multidão de civis à chegada ao aeroporto Ataturk, Erdogan garantiu: "O país não terá medo. Quem planeou o golpe terá o que merece."

"Uma minoria de militares atingiu a integridade e as instituições da Turquia", afirmou. "Mas o povo turco levou a melhor."

Erdogan defendeu que a tentativa de golpe de Estado foi conduzida a partir da Pensilvânia, EUA, onde habita Fethullah Gulen, um dos seus maiores opositores. Condenou ainda o exército turco: "Este levantamento, este movimento é um grande presente de Deus para nós, porque o exército será limpo", disse, em conferência de imprensa, pouco depois de aterrar em Istambul, assegurando que os golpistas vão pagar caro pela sua "traição". Indicou que seriam realizadas várias detenções.

Adiantou ainda que depois de ter saído de Bodrum, onde se encontrava de férias, o seu hotel foi bombardeado.

De acordo com a agência estatal Anadolu Agency, o coronel Muharrem Kose foi nomeado como o líder da tentativa de golpe. Kose estava à frente do departamento de aconselhamento legal e foi afastado da posição há pouco tempo. Outros militares implicados foram Mehmet Oguz Akkus, o major Erkan Agin e o tenente-coronel Dogan Uysal.

Segundo a CNN Turk, seis civis morreram e uma centena ficou ferida durante esta noite, em Istambul. O bombardeamento ao parlamento turco causou 12 feridos e 17 polícias morreram numa explosão na sede das forças especiais.

Segundo o Serviço de Inteligência Turca (MIT) anunciou que fracassou a tentativa de golpe de Estado, admitindo que ainda persistem algumas bolsas de resistência por parte dos militares.

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