O presidente do Equador, Rafael Correa, anunciou um grande aumento de impostos para cobrir o custo financeiro, calculado 2,6 mil milhões de euros, do sismo que devastou o país
Mais de 525 pessoas morreram desde sábado quando um sismo de magnitude 7,8 na escala de Richter, o pior na América Latina desde o do Haiti em 2010, devastou a costa equatoriana no Pacífico, onde as equipas de socorro continuam a tentar encontrar sobreviventes.
A sua tarefa tem sido complicada devido às mais de 500 réplicas, várias das quais ultrapassaram uma magnitude de 6.
Rafael Correa indicou que o custo do sismo deve representar "dois ou três pontos do PIB (produto interno bruto)" e anunciou uma subida do IVA de 12% para 14% durante um ano.
"De acordo com o que me permite a Constituição em caso de estado de excepção, será estabelecida pela assembleia nacional uma contribuição de dois pontos adicionais sobre o IVA por um ano", declarou o presidente equatoriano na quarta-feira à noite numa mensagem televisiva.
Os trabalhadores terão ainda de pagar uma contribuição obrigatória sobre o salário, que será equivalente a um dia de trabalho para os que ganham 884 euros por mês, a dois dias para um ordenado de 1 769 euros e até cinco dias para os que ganham 4 424 euros mensais.
Aqueles cujo património ultrapassa um milhão de dólares (884 mil euros) terão de contribuir com o equivalente a 0,9% dos seus bens.
O presidente anunciou a ainda a venda de activos do Estado "para ultrapassar este momento difícil", sem precisar quais os activos os causa.
O sismo e as suas cerca de 500 réplicas representam um golpe severo na economia do Equador já afectada pela descida do preço do petróleo. O país apenas cresceu 0,1% em 2015, contra os 4% previstos pelo governo.
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