Sábado – Pense por si

Eleições EUA: Apelo de Obama, união de Hillary e corrupção de Trump

07 de novembro de 2016 às 20:15
As mais lidas

Presidente dos EUA acompanha Hillary Clinton no último dia de campanha eleitoral nos EUA. A candidata democrata promete unir o país. Já Donald Trump considera que se vencer estará a derrotar a "corrupção institucional em Washington"

O presidente dos EUA, Barack Obama, instou esta segunda-feira os norte-americanos a fazerem história na terça-feira elegendo a democrata Hillary Clinton para lhe suceder na Casa Branca. "Peço-vos que façam por Hillary o que fizeram por mim", disse Obama num comício em Ann Arbor, no estado do Michigan, o primeiro de três em que participará esta segunda-feira em favor da candidata democrata.

"Amanhã [terça-feira], devem escolher entre uma política grosseira, divisionista, tacanha, que nos faria andar para trás, e uma política que diz ‘somos mais fortes juntos’ ", declarou o presidente, retomando o slogan da campanha de Hillary,Stronger Together. "Têm a oportunidade de eleger a nossa primeira mulher presidente", frisou Obama, perante os apoiantes da candidata que repetiam oYes, We Can!, que impulsionou Obama na campanha de 2008.

O chefe de Estado salientou que conhece bem Hillary Clinton, que "dedicou a sua vida a tornar este país melhor", e instou os norte-americanos a votarem na antiga primeira-dama, que tem suscitado menos entusiasmo que ele em 2008. "Não devem simplesmente votar contra alguma coisa. Têm, de facto, uma candidata que está à altura do vosso voto, uma candidata que é inteligente, uma candidata que é sólida, uma candidata que já deu provas", prosseguiu Obama, que escolheu Hillary Clinton como sua chefe da diplomacia no primeiro mandato.

Barack Obama admitiu estar "um pouco comovido" neste final de campanha. "É provavelmente o meu último dia de campanha por uns tempos", explicou o Presidente cessante, que deixará a Casa Branca a 20 de Janeiro de 2017.

"Unir o país", o lema de ataque a Trump

Com um total de nove comícios, um dos quais marcado para pouco antes da meia-noite (hora local), Donald Trump e Hillary Clinton terminam esta segunda-feira, num ritmo frenético, uma campanha presidencial que dividiu os EUA e que foi a mais violenta da história do país.

Em declarações à imprensa antes de iniciar o périplo, a candidata democrata garantiu que pretende acabar com as divisões entre norte-americanos. "Quero mesmo ser a presidente de todos -- pessoas que votam em mim, pessoas que votam contra mim", disse a candidata democrata, culpando o adversário republicano, Donald Trump, por "estas separações, estas divisões que foram não só expostas mas exacerbadas pela campanha do outro lado".

"Vou trabalhar para unir o país", reforçou Hillary, que esta segunda-feira tinha uma vantagem de 2,2 pontos percentuais sobre Donald Trump, de acordo com uma média das mais recentes sondagens calculada pela RealClearPolitics.com.

"Drenar o pântano!"

Em Sarasota, na Florida, Donald Trump centrou o seu discurso num ataque cerrado a Hillary, defendendo que se for eleito presidente isso significará o fim da "corrupção institucional em Washington".

"Quero que todas as instituições corruptas de Washington ouçam as palavras que vamos todos dizer: quando ganharmos amanhã (terça-feira), vamos drenar o pântano", declarou, fazendo com que os seus apoiantes começassem a repetir as palavras de ordem "drenar o pântano, drenar o pântano!".

"O meu contrato com o eleitor norte-americano começa por um plano para pôr fim à corrupção do Governo e para arrancar o nosso país - e depressa - das garras dos grupos de pressão que conheço tão bem", frisou, afirmando que a sua adversária democrata, Hillary Clinton, "está protegida por um sistema totalmente tendencioso".

O polémico multimilionário disse também não perceber "porque é que não há ninguém nos comícios" de Hillary, a quem continuou a chamar "crápula".

Os músicos Beyoncé e Jay Z, que foram apoiar Hillary na sexta-feira à noite ao Ohio, com um concerto gigantesco, foram acusados por Trump de terem utilizado expressões "grosseiras" que lhe teriam valido a execução numa cadeira eléctrica caso tivesse sido ele a proferi-las. "Não acham que é incrível [que] Jay Z e Beyoncé utilizem uma linguagem grosseira na canção, usando palavras que, mesmo que eu nunca as tivesse proferido, me condenariam à cadeira eléctrica?", atirou Donald Trump.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.

Cuidados intensivos

Loucuras de Verão

Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.