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Daesh está a recrutar à força crianças em Mossul

As Nações Unidas denunciaram hoje que o auto-proclamado Estado Islâmico está a exigir às famílias de Mossul que entreguem os seus filhos, a partir dos 9 anos, para serem combatentes

De acordo com a porta-voz do Gabinete de Direitos Humanos das Nações Unidas, Ravina Shamdasani, osjihadistasdo Estado Islâmico - que controlam Mossul, no Iraque, desde 2014 - estão a "tocar porta a porta" ou a avisar através de altifalantes montados em carros que percorrem a cidade para que todas as famílias lhes entreguem os rapazes de 9 e 10 anos.

Ao mesmo tempo, os terroristas estão a avisar as famílias que estas serão castigadas caso desobedeçam.

A ONU também deu conta hoje que o auto-proclamado Estado Islâmico continua a fazer execuções em massa na cidade de Mossul e nos arredores. Esta semana pode ter executado até 430 pessoas, incluindo quase 50 dos seus próprios militantes, especificou a Organização das Nações Unidas.

Osjihadistasexecutados foram acusados de deserção, enquanto que outras 180 vítimas eram antigos funcionários públicos assassinados antes de o EI se retirar de uma localidade a Leste de Mossul.

Tropas de elite iraquianas começaram hoje a avançar no interior da cidade de Mossul enfrentando forte resistência dosjihadistas do grupo Estado Islâmico, relatou um comandante no terreno.

Soldados da unidade de contra-terrorismo que entraram hoje no bairro de Al-Karama, no leste da cidade, foram recebidos com bombas e intenso tiroteio, disse o comandante da unidade, Muntathar Salem, à agência France-Presse.

O tiroteio era quase ininterrupto, segundo um jornalista da agência no local, e informações da frente de combate sugerem que osjihadistas erigiram barreiras e colocaram bombas nas ruas para atrasar o avanço do exército iraquiano.

Os ataques aéreos da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos intensificaram-se nos últimos dois dias para preparar o avanço, a primeira incursão significativa em Mossul desde que foi tomada pelosjihadistas em Junho de 2014.

Estima-se que 3.000 a 5.000 combatentes do Estado Islâmico e mais de um milhão de civis estejam em Mossul, a segunda maior cidade do Iraque.

A Ucrânia não ficará sozinha

Zelensky vê na integração na UE uma espécie de garantia de segurança, ainda que não compense a não entrada na NATO. É possível sonhar com um cessar-fogo capaz de evitar uma futura terceira invasão russa da Ucrânia (agora para Odessa e talvez Kiev, rumo às paredes da frente Leste da UE)? Nunca num cenário de concessão do resto do Donbass. O invadido a oferecer, pela negociação, ao invasor o que este não foi capaz de conquistar no terreno? Não pode ser. Aberração diplomática que o fraco mediador Trump tenta impor aos ucranianos.