Sábado – Pense por si

COP: Constantino apresenta recandidatura

O actual presidente do COP, que encabeça a única lista candidata às eleições de 23 de Fevereiro, desconhece os motivos que afastaram os outros hipotéticos candidatos e lamentou ser o único candidato

José Manuel Constantino lamentou esta quarta-feira, na apresentação da sua recandidatura à presidência do Comité Olímpico de Portugal (COP), a inexistência de outros candidatos às eleições de 23 de Fevereiro.

Questionado sobre se o facto de ser apoiado por 27 das 33 federações desportivas nacionais o fazia sentir uma grande união em torno da sua candidatura, José Manuel Constantino respondeu afirmativamente, antes de sublinhar que, "naturalmente", seria preferível que existissem outros candidatos. "Isso possibilita discutir modelos de intervenção, alternativas e encontrar soluções, mas enfim, a realidade é o que é. Fui o único que conseguiu mobilizar o conjunto de federações desportivas para subscrever a respetiva candidatura", completou.

O actual presidente do COP, que encabeça a única lista candidata às eleições de 23 de Fevereiro, desconhece os motivos que afastaram os outros hipotéticos candidatos. "Essa pergunta tem de ser feita àqueles que manifestaram interesse em concorrer e, chegado o período em que as candidaturas puderam ser apresentadas, não o fizeram. Eu lamento que isso tenha ocorrido, porque creio que o país desportivo só tinha a beneficiar com a existência de mais uma candidatura", frisou.

José Manuel Constantino justificou a sua recandidatura com o balanço que fez dos quatro anos de trabalho à frente da entidade e também com a recolha de opiniões junto da actual Comissão Executiva, das federações nacionais, dos atletas, dos parceiros institucionais e dos parceiros comerciais.

"Recebi de todos estímulos no sentido de que devia apresentar uma nova candidatura para mais quatro anos de trabalho", disse, após apresentar, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, a lista e o programa de candidatura aos órgãos sociais do Comité Olímpico de Portugal para 2017-2020.

Constantino estabeleceu como metas para o próximo mandato ter "mais atletas qualificados, mais modalidades representadas e melhores resultados em termos definitivos" em Tóquio2020.

"[Pretendemos] Ter melhores resultados no âmbito da nossa participação olímpica. Ficámos aquém daquilo que era desejável. Algumas das alterações que aqui indiquei têm muito a ver com o balanço que fizemos e as fragilidades que encontrámos no nosso trabalho, por isso espero poder ter resultados mais de acordo com aquilo que é o valor dos nossos atletas", sustentou.

Um dos eixos centrais do programa hoje apresentado, que é composto por 21 pontos e que compreende também a criação da figura do Director Desportivo para maior coordenação e acompanhamento dos atletas, será a revisão dos critérios de atribuição de bolsas olímpicas. "Vamos ter, em primeiro lugar, que reunir com o Instituto Português do Desporto e Juventude para definir o quadro regulamentar de toda a preparação olímpica. É minha expectativa que no âmbito dessa regulamentação se possa afinar os critérios de integração do Programa de Preparação Olímpica, que passará, numa primeira instância, por uma regulação com a administração pública e, numa segunda instância, com as federações desportivas das diferentes modalidades", concluiu.