"O Chega é um partido político em exclusivo de direita por razões morais e, pelas mesmas razões, rejeita toda e qualquer conotação com qualquer espetro político extremista e fundamentalista", lê-se na apresentação do programa que vai a votos.
O Conselho Nacional do Chega vai reunir-se esta sexta-feira e sábado para debater e aprovar o novo programa político do partido, que o presidente quer ver clarificado e simplificado, tendo apresentado uma proposta com metade das páginas do atual.
A proposta base que a liderança vai apresentar ao órgão máximo do Chega entre congressos, e à qual a agência Lusa teve acesso, tem 25 páginas, face às 60 do documento que vigora desde a fundação do partido, em 2019.
No preâmbulo, é referido que o objetivo é adequar o programa político do Chega "aos desafios do seu crescimento e expressão nacional" sendo que a direção considera que, "na nova etapa, é fundamental fazer sobressair a substância da matriz política originária do partido Chega, de modo a reforçar a função agregadora do texto programático".
"O Chega é um partido político em exclusivo de direita por razões morais e, pelas mesmas razões, rejeita toda e qualquer conotação com qualquer espetro político extremista e fundamentalista", lê-se também.
Este documento contém menos propostas concretas e deixa de fora algumas ideias que constam do atual, como a referência a uma "profunda revisão da Constituição", e as medidas que queria implementar nesse âmbito, como a presidencialização do regime ou a redução do número de deputados e de ministérios.
Em declarações aos jornalistas na quinta-feira, em Lisboa, o presidente do Chega justificou a alteração do programa político do Chega com a necessidade de clarificar e simplificar o documento, e afastou que seja devido ao Tribunal Constitucional.
"Nós estávamos a procurar clarificar o programa", indicou o líder, indicando que a "lógica era de simplificação também", defendo que os portugueses têm de saber "exatamente em que estão a votar, qual é o programa".
Questionado se a mudança se deveu a evitar uma eventual ilegalização, em análise no Tribunal Constitucional, André Ventura recusou: "Não, não foi".
O líder do Chega falou também em "sucessivos ataques de pouca clarificação em matéria ideológica" e indicou que o seu objetivo é que o documento final seja "um verdadeiro programa de Governo".
O VII conselho nacional do Chega está marcado para 02 e 03 de julho, em Sagres, e na ordem de trabalhos consta, além da apresentação, discussão e votação do programa do partido, a aprovação do regulamento eleitoral e do regulamento de disciplina, bem como um período para informações da direção nacional.
De acordo com o programa, hoje a reunião decorre entre as 18:00 e a meia-noite e no sábado entre as 10:00 e as 21:00, estando prevista a presença de mais de uma centena de conselheiros.
O debate e aprovação do programa do Chega, que dividiu o partido, esteve agendado para o congresso nacional de Coimbra, de 28 a 30 de maio, mas foi adiado para a primeira reunião do Conselho Nacional.
Conselho Nacional do Chega reunido hoje e sábado para "clarificar" e "simplificar" programa
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