NEWSLETTER EXCLUSIVA PARA ASSINANTES Para que não lhe escape nada, todos os meses o Diretor da SÁBADO faz um resumo sobre o que de melhor aconteceu no mês anterior.
A China apelou hoje aos Estados Unidos para que impeçam a Presidente de Taiwan de fazer escala no país onde esta poderá encontrar-se com o Presidente eleito Donald Trump
A China apelou hoje aos Estados Unidos para que impeçam a Presidente de Taiwan de fazer escala no país, após notícias de que Tsai Ing-wen irá reunir-se em Nova Iorque com a equipa de Donald Trump.
Na semana passada, o futuro inquilino da Casa Branca quebrou com quase 40 anos de protocolo, ao conversar por telefone com Tsai, levando Pequim a apresentar um protesto formal a Washington.
A China considera Taiwan parte do seu território, contra as aspirações independentistas de Taipé.
O jornal taiwanêsLiberty Times escreve hoje que Tsai Ing-wen tentará reunir-se com membros da equipa de Trump em Nova Iorque, numa escala com destino à América Central.
A visita vai ocorrer em 20 de Janeiro, antes de Trump assumir o cargo, detalha o jornal, mas o executivo taiwanês não confirmou aquelas informações.
Taiwan mantém relações diplomáticas com 22 países e os líderes da ilha fazem visitas regulares aos seus raros aliados na região da América Central e do Caribe, efectuando escala nos EUA.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês apelou hoje a Washington para que impeça a escala de Tsai.
"A verdadeira intenção de Tsai é evidente", disse hoje o ministério à agência France Presse. "Esperamos que a América cumpra com o princípio de uma só China e com os três Comunicados Conjuntos EUA-RPC, e não permita a escala", acrescentou.
Países que mantêm laços diplomáticos com Pequim não podem ter ligações a Taipé e vice-versa e Pequim já avisou Washington quanto a dar um "sinal errado às forças independentistas de Taiwan".
O contacto entre Trump e Tsai e subsequentepost do norte-americano no Twitter, onde critica a expansão militar da China e acusa o país de manipular o valor da sua moeda, parecem ter apanhado Pequim desprevenido.
A China rejeitou tomar uma posição clara, mas na segunda-feira a imprensa estatal lançou várias críticas a Trump, acusando-o de ser um "novato na diplomacia".
Especialistas citados hoje pelo jornal oficialGlobal Timesapelam à China para "esperar para ver" e não "alinhar no seu jogo", até que Trump assuma a presidência.
Apesar da chamada, desconhece-se qual a postura que Trump terá com Taiwan, visto que durante a campanha o magnata nunca referiu a questão da ilha.
O Partido Comunista Chinês deverá estar atento às escolhas de Trump para o cargo de Secretário de Estado e embaixador para a China, como um sinal de qual a política do norte-americano para Pequim.
Apesar dos EUA serem o principal fornecedor de armas para Taiwan, os dois lados cortaram as relações diplomáticas em 1979, quando Washington passou a reconhecer Pequim, em vez de Taipé.
Questionado sobre a visita de Tsai, um porta-voz do Departamento de Estado norte-americano afirmou em comunicado que este tipo de paragens está de acordo com a "prática nos EUA", notando que o país "normalmente" permite aos líderes de Taiwan fazerem escala.
Seria a segunda viagem do género para Tsai, que no início do ano parou em Miami e Los Angeles, antes de seguir para o Panamá e Paraguai, na sua primeira deslocação ao estrangeiro como Presidente.
Na altura, Pequim apresentou um protesto formal a Washington, após Tsai reunir com políticos norte-americanos em Miami.
Antigos líderes da ilha efectuaram paragens do género, com o antecessor de Tsai, Ma Ying-jeou, a ter parado no Havai, em 2014, e Boston, em 2015.
Nas últimas décadas, Taiwan perdeu vários aliados, que passaram a reconhecer Pequim como o único Governo chinês, à medida que o país surgiu como uma potência económica.
China teme que Presidente de Taiwan se encontre com Trump
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.