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CDS critica "ataque encoberto" a trabalhadores independentes

14 de outubro de 2017 às 12:45
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Assunção Cristas sublinhou que partido vai apresentar várias propostas de alteração do documento na especialidade.

A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, criticou hoje a proposta de Orçamento do Estado para 2018, declarando que o texto representa, por exemplo, um "ataque encoberto aos trabalhadores independentes".

"Se, no passado, a bancarrota socialista obrigou a um aumento de impostos doloroso para todos, numa conjuntura favorável, entendemos que todos devem sentir o desagravamento fiscal. Não é isso que acontece", sustentou Cristas, falando aos jornalistas em conferência de imprensa na sede do CDS-PP, em Lisboa.

Em causa, prosseguiu a dirigente centrista, está o "esvaziamento total do regime simplificado": Quem trabalha por conta própria e cria o seu posto de trabalho fica "muito penalizado" com o orçamento do próximo ano, insistiu Cristas, para quem o texto - apresentado na sexta-feira a "horas tardias" - incorpora uma "omissão grave de uma visão de médio e longo prazo".

No IRS, a visão do CDS é também "alternativa à expressa pelo Governo neste Orçamento".

"Defendemos um IRS simples, que estimule a mobilidade social e seja sensível à dimensão do agregado familiar. Mais escalões [de IRS] significa que o esforço por ganhar um pouco mais facilmente fica comprometido com a mudança de escalão. Em vez de estimularmos o trabalho e a progressão na vida, estamos a desincentivá-los. Este Orçamento torna mais difícil subir na vida", declarou a presidente do partido.

O CDS-PP vai apresentar várias propostas de alteração do documento na especialidade, sublinhou a líder do partido, que reconheceu "esperança" de que "as propostas boas possam vir a ser acolhidas, independentemente de quem as apresenta" no parlamento.

Em tempos de "ventos favoráveis", nomeadamente a nível internacional, o CDS advoga que "deve aproveitar-se para promover o desenvolvimento económico sólido e duradouro, com uma visão estrutural de médio e longo prazo", o que, disse Cristas, não acontece.

"Na nossa visão, esse desenvolvimento decorre não exclusivamente, mas essencialmente do investimento privado e do esforço das empresas, nomeadamente das empresas exportadoras. Este OE não revela qualquer visão estrutural nesse sentido", disse.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.