A coordenadora do BE tem apontado a necessidade de afastar a direita do Governo nos seus discursos e na banca das opiniões nesta feira de Famalicão essa preocupação teve "compradores".
Apesar de o calendário marcar quarta-feira, para a coordenadora do BE, Catarina Martins, Famalicão foi a quinta feira seguida em campanha, onde ouviu apoios e agradecimentos, queixas de pensionistas e ex-combatentes, mas também lamentos pelo chumbo do orçamento.
O som da gaita de foles, as bandeiras do BE de todas as cores, os "gritos de guerra" do partido e as muitas câmaras e jornalistas deixavam perceber quem estava na feira que a comitiva bloquista tinha chegado, mas quando vislumbravam Catarina Martins, muitos não escondiam a sua surpresa e entusiasmo.
"Aí, a Catarina! Bom dia!", ouviu-se de uma senhora, cujo sorriso rasgado se conseguia ouvir na voz.
A líder do BE foi seguindo, distribuindo os bons dias, jornais, abraços e os "murros" amistosos que substituíram os beijos em tempos pandémicos -- "tem que ser um abracinho que agora não podemos dar beijos", disse Catarina a uma senhora que a quis cumprimentar.
A coordenadora do BE tem apontado a necessidade de afastar a direita do Governo nos seus discursos e na banca das opiniões nesta feira de Famalicão essa preocupação teve "compradores".
"Está tudo bem se a direita não for para o poder. Se for para o poder, está mau", disse-lhe, mais à frente, um homem, que avisou a líder bloquista de que, se "a direita for para o poder, tem o apoio do Salazar, Chega".
Na caravana ouviram-se queixas em tom bom disposto e sotaque nortenho que obrigaram Catarina Martins a voltar atrás -- "E eu, não tenho direito?", atirava uma vendedora -- e até novos pregões vindos de quem vendia frutas e legumes: "Votem na Catarina".
Entre bancas, a bloquista encontrou uma senhora que se apresentou como socialista "há muitos anos" e que considerou "uma pena aquilo que se deu" porque gostava que os antigos parceiros de 'geringonça' se tivessem todos entendido no orçamento e assim "escusava de se passar o que se está a passar".
"Está toda a gente convencida de que o Rio que ganha", avisou esta socialista, tendo Catarina Martins respondido prontamente: "não ganha nada".
"Vamos votar as duas, não vai haver cá Rio nenhum", disse-lhe a líder do BE.
Antes, Catarina Martins tinha ouvido um agradecimento.
"Bom dia, eu só queria agradecer porque eu hoje estou reformado à custa da vossa lei porque vós apertastes o Governo porque eu tinha 46 anos de descontos e 60 anos de idade", disse, diante de uma Catarina Martins visivelmente contente.
Foi quando a caravana parou para as habituais declarações aos jornalistas que se aproximou um antigo combatente, uma longa conversa em que este homem terminou em lágrimas e lamentando o esquecimento a que sente estarem votados estes militares.
"O Governo que tenha vergonha do que está a fazer", disse o homem, perante o compromisso de Catarina Martins de que não se esquece dos ex-combatentes e da injustiça que considera serem vítimas.
Catarina na feira dos agradecimentos, apoios, queixas e lamentos
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