Sábado – Pense por si

Brasil é terceiro país com mais mortes por covid-19

05 de junho de 2020 às 07:16
As mais lidas

No total, o país sul-americano, que tem uma população estimada em 210 milhões de habitantes, contabiliza 34.021 vítimas mortais e 614.941 casos confirmados.

O Brasil ultrapassou na quinta-feira a Itália e tornou-se no terceiro país do mundo com mais mortes pela covid-19, após atingir um novo recorde diário de 1.473 óbitos nas últimas 24 horas, segundo dados oficiais.

No total, o país sul-americano, que tem uma população estimada em 210 milhões de habitantes, contabiliza 34.021 vítimas mortais e 614.941 casos confirmados.

Do total de infetados, 30.925 foram registados nas últimas 24 horas, informou na noite de quinta-feira o Ministério da Saúde,

Atualmente, em relação ao número total de mortes, o Brasil está apenas atrás dos Estados Unidos e do Reino Unido, e ocupa a segunda posição mundial face ao número de casos diagnosticados, segundo o portal Worldometer, que compila quase em tempo real informações da Organização Mundial da Saúde, dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças, de fontes oficiais dos países, de publicações científicas e de órgãos de informação.

A Itália, que foi um dos epicentros da pandemia na Europa, tem agora 33.689 vítimas mortais.

O país sul-americano investiga ainda a eventual relação de 4.159 mortes com a doença de covid-19, num momento em que 254.963 pacientes infetados já recuperaram e 325.957 continuam sob acompanhamento.

Tendo em conta os dados de quinta-feira, a covid-19 já mata mais de um brasileiro por minuto.

O aumento no número de mortes e infetados ocorre num momento em que governadores e prefeitos têm anunciado a flexibilização das medidas de isolamento social, como em São Paulo, Rio de Janeiro, Amazonas ou Distrito Federal.

São Paulo, foco da covid-19 no país, concentra oficialmente 129.200 casos de infeção e 8.560 mortos, sendo seguido pelo Rio de Janeiro, que totaliza 60.932 pessoas diagnosticadas e 6.327 óbitos.

Todas as 27 unidades federais do Brasil já ultrapassaram os mil casos da doença causada pelo novo coronavírus.

Nas últimas semanas, a tutela da Saúde do Brasil tem alterado a forma como divulga os dados referentes à pandemia. As conferências de imprensa, que anteriormente ocorriam diariamente, passaram a acontecer em dias intercalados, e várias horas antes do executivo divulgar os números referentes à evolução diária da covid-19.

Também o horário em que os números passaram a ser divulgados alterou. Desde o início de maio, os dados passaram a ser divulgados depois das 19:00 (hora local, 23:00 em Lisboa). Contudo, nos últimas dois dias, a pasta da Saúde atualizou as informações diárias referentes à covid-19 pelas 22:00 (hora local, 02:00 em Lisboa).

Na quinta-feira, o secretário substituto de vigilância em saúde do Ministério, Eduardo Macário, criticou a imprensa pela divulgação dos "recordes de mortes" e por enumerarem os países mais afetados.

"Acho lamentável falar de 'ranking'. (...) Nem todos os óbitos ocorrem no mesmo dia. Não estou a menosprezar a importância de informação, de casos e óbitos. Somente não concordo com essa colocação", disse Macário em conferência de imprensa.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 389 mil mortos e infetou mais de 6,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 2,8 milhões de doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

No país emerso

Por que sou mandatária de Jorge Pinto

Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.