Sábado – Pense por si

Bloco denuncia "vazios importantes" no programa do Governo

"A pergunta, que é a pergunta da legislatura, é se o PS e o seu governo estão dispostos" a negociar com o Bloco, sublinhou Catarina Martins.

O BE considerou hoje que o programa doGoverno, apesar dos sinais positivos para "aos partidos de esquerda", é marcado "também por alguns vazios importantes", afirmando que a pergunta da legislatura é se oPSestá disposto à negociação.

Na primeira pergunta ao primeiro-ministro, António Costa, durante a apresentação do Programa do XXII Governo Constitucional, no parlamento, em Lisboa, a coordenadora do BE, Catarina Martins, garantiu que os bloquistas, "com proposta e iniciativa", estão disponíveis "para concretizar as boas intenções" em que há convergência com o PS e que são enunciadas no programa.

"A pergunta, que é a pergunta da legislatura, é se o PS e o seu governo estão dispostos a essa negociação", sublinhou.

Quando tomou a palavra, António Costa foi perentório: "se essa é a pergunta da legislatura, então podíamos encerrar já a legislatura porque a resposta é, obviamente, sim. E a resposta não é de agora".

Durante a intervenção, Catarina Martins começou por sublinhar que apesar deste ser o programa do Governo do PS - que seria "muito diferente" se tivesse sido assinado o acordo de legislatura com o BE - estão refletidas "algumas preocupações" dos bloquistas, "um sinal da vontade de negociar à esquerda as medidas que concretizam este programa, nomeadamente no Orçamento do Estado".

"Mas, senhor primeiro-ministro, a proposta de programa do Governo é marcada também por alguns vazios importantes. E tão importante como os sinais positivos que o governo quis dar aos partidos de esquerda, é o que estes vazios sinalizam. E abordo-os pela mesma ordem: trabalho, saúde, ambiente e energia", criticou.

Na resposta, o chefe do executivo garantiu que este "é um programa que não tem vazios e que tem prioridades".

Gaza e a erosão do Direito Internacional

Quando tratados como a Carta das Nações Unidas, as Convenções de Genebra ou a Convenção do Genocídio deixam de ser respeitados por atores centrais da comunidade internacional, abre-se a porta a uma perigosa normalização da violação da lei em cenários de conflito.

Por nossas mãos

Floresta: o estado de negação

Governo perdeu tempo a inventar uma alternativa à situação de calamidade, prevista na Lei de Bases da Proteção Civil. Nos apoios à agricultura, impôs um limite de 10 mil euros que, não só é escasso, como é inferior ao que anteriores Governos PS aprovaram. Veremos como é feita a estabilização de solos.