Sábado – Pense por si

Benfica pode sagrar-se tricampeão na Madeira

05 de maio de 2016 às 09:46
As mais lidas

O Benfica pode sagrar-se domingo tricampeão português de futebol, necessitando de vencer o Marítimo e beneficiar de um deslize do Sporting frente ao Vitória de Setúbal

Se a 33.ª e penúltima jornada da I Liga pode condenar em definitivo o Tondela e a lanterna vermelha Académica ao segundo escalão e clarificar a questão europeia, é na luta pelo título e nos dois pontos de vantagem detidos pelo Benfica na liderança da prova que estão concentradas as atenções.

Os encarnados têm conseguido, com maior ou menor dificuldade, gerir a vantagem conquistada à 25.ª ronda, precisamente, com uma vitória por 1-0 em Alvalade, mas o Sporting nunca desarmou e a vitória por 3-1 sobre o FC Porto, no Estádio do Dragão, foi a mais recente demonstração da determinação leonina.

A proximidade entre as duas equipas e o vislumbre da meta do campeonato trouxe de volta o clima de guerra aberta vivido no início da época, motivado pela mudança da Luz para Alvalade de Jorge Jesus, treinador que conquistou para o Benfica três títulos nacionais em seis temporadas.

Sem jogadores lesionados ou suspensos, o Sporting tem no sábado um compromisso, teoricamente, mais acessível, ainda que o Setúbal não tenha assegurado matematicamente a manutenção, procurando colocar o bicampeão nacional sob pressão para o mais difícil dos dois jogos que lhe faltam disputar.

A deslocação no dia seguinte ao estádio do Marítimo, onde o Benfica goleou por 4-0 na época passada, será talvez a última prova de fogo para a equipa treinada por Rui Vitória, que na derradeira jornada recebe o Nacional e persegue na Madeira o 19.º triunfo nos últimos 20 encontros na Liga.

O técnico do Benfica poupou quase todos os titulares na segunda-feira, frente ao Sporting de Braga, no jogo que lhe valeu a qualificação para a final da Taça da Liga, mas ainda não tem certezas sobre a recuperação plena do avançado argentino Nico Gaitán e do defesa Jardel, o jogador mais utilizado.

A forma como venceu as últimas quatro partidas na Liga, em evidente esforço e sempre de forma tangencial, levantou dúvidas sobre a condição física do comandante, desgastado pela presença em várias frentes, e sobre a capacidade de segurar a magra vantagem sobre o Sporting até ao fim.

O rival lisboeta parece vender saúde, impulsionado pelo regresso aos golos do avançado argelino Islam Slimani, segundo melhor marcador da prova, com 26 golos, menos cinco do que o brasileiro Jonas, que saltou do banco para virar o resultado a favor do Benfica no recente embate com o Braga (2-1).

Os minhotos, que na última ronda recebem o Sporting, vão procurar confirmar em Coimbra o quarto lugar, ainda ameaçado pelo Arouca, e, dessa forma, assinar a sentença da Académica, à qual só a vitória evita a despromoção imediata ao segundo escalão, tal como acontece com o Tondela, penúltimo classificado.

Em igualdade pontual com os estudantes, o Tondela só pode continuar a sonhar com a permanência se vencer na sexta-feira em Paços de Ferreira, na abertura da jornada, e se o Setúbal e o União da Madeira, as duas equipas ainda em risco, tropeçarem frente ao Sporting e Boavista, respectivamente.

O Paços de Ferreira, em contrapartida, também precisa de todos os pontos que conseguir amealhar para se manter no sexto posto, o último que pode dá acesso à fase preliminar da Liga Europa e que está seguro por um ponto, sobre o Rio Ave, e dois, sobre o Estoril-Praia.

A equipa de Vila do Conde recebe no sábado o FC Porto, resignado ao terceiro lugar e cada vez mais à espera da final da Taça de Portugal para minimizar os danos de uma época desastrosa, que tentará apagar a má imagem deixada pela derrota caseira com o Sporting.

Os canarinhos fecham a jornada na segunda-feira, ao receberem o Arouca, quinto da tabela e que pode garantir, matematicamente, um lugar europeu, enquanto os confrontos Nacional--Belenenses e Vitória de Guimarães--Moreirense servirão apenas para cumprir calendário.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.