O Benfica fecha o melhor ano das últimas quatro décadas ao vencer o Paços de Ferreira ontem na primeira jornada do grupo D da Taça da Liga
O Benfica iniciou hoje de forma eficaz a defesa da Taça da Liga de futebol, ao vencer o Paços de Ferreira por 1-0, na primeira jornada do Grupo D, fechando o melhor ano civil das últimas quatro décadas.
Um tento do argentino Franco Cervi, aos 39 minutos, deu à formação da Luz o último triunfo de 2016, num jogo em que os detentores do troféu se revelaram eficazes e acabaram por gerir a vantagem, perante um oponente que deu pouca réplica.
Este foi o 44.º triunfo dos encarnados nas 54 partidas disputadas em 2016, o que corresponde a um registo de vitórias acima dos 80% no ano civil, algo que não sucedia desde 1972, quando as águias, então orientadas por Jimmy Hagan, terminaram com 40 vitórias em 49 encontros (82%).
Para a estreia na Taça da Liga, Rui Vitória preferiu não proceder a grandes alterações no onze, tendo apostado em Jardel e Raúl Jiménez para os lugares de Lindelof, que tem sido apontado ao Manchester United e nem se sentou no banco de suplentes, e Mitroglou.
Contudo, a principal novidade prendeu-se com a titularidade de Celis, que entrou para o lugar do castigado Pizzi e formou dupla com Fejsa no centro do terreno.
De resto, seria mesmo o médio colombiano a dar o primeiro aviso à defensiva pacense, ainda numa fase prematura do encontro, obrigando Mário Felgueiras a defesa apertada para evitar o tento benfiquista.
Pouco depois, o guardião voltaria a ser decisivo na baliza do Paços de Ferreira, impedindo que Rafa apontasse o primeiro golo com a camisola da águia, ainda que, aqui, o extremo benfiquista tivesse condições para fazer melhor.
Apesar do domínio territorial, o conjunto da Luz ia falhando, sobretudo, nos últimos 30 metros, perante um adversário pouco afoito nas incursões ofensivas, mas bastante compacto e agressivo na zona defensiva, o que retirava tempo e espaço aos encarnados.
Um remate de Jiménez, sem perigo de maior, foi o que de melhor se viu do Benfica durante largo período da primeira parte, até que, a seis minutos do intervalo, Cervi deu um pontapé no marasmo e inaugurou o marcador, já depois de Miguel Vieira ter evitado que o pontapé de Gonçalo Guedes entrasse, após jogada entre Rafa e André Almeida.
De regresso ao centro da defesa benfiquista, Jardel esteve activo nos dois extremos do campo, primeiro ao chegar ligeiramente atrasado um cruzamento de Raúl Jiménez e, depois, com um corte providencial, a anular as intenções de Ricardo Valente, quando este se preparava para bater Ederson.
Com o passar dos minutos, e já depois de Gonçalo Guedes ter deixado Mário Felgueiras com as 'mãos a arder', o esclarecimento foi escasseando nas duas equipas, sendo exemplo disso mesmo a ocasião desaproveitada por Raúl Jiménez, que, perto da hora de jogo, deu a pior sequência a uma combinação entre Cervi e Rafa, e rematou ao lado, quando tinha tudo para aumentar a vantagem.
O avançado mexicano acabaria mesmo por ser substituído, mais tarde, devido a lesão, dando lugar a Mitroglou, numa altura em que Jonas já estava em campo e tentava dar outra dinâmica atacante ao Benfica.
Contudo, o avançado brasileiro, que esta semana foi consagrado como o quinto melhor marcador dos principais campeonatos do mundo, pouco acrescentou a um conjunto que já jogava em descompressão, perante os mais de 32.000 espectadores que estiveram na Luz, apesar da hora imprópria para quem gosta de assistir a jogos de futebol.
Benfica com melhor percentagem de vitórias em 44 anos
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