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BE promete voltar ao descongelamento de carreiras de professores se Governo falhar

"É uma matéria que nós gostaríamos de ver resolvida antes do OE2019", afirmou Pedro Filipe Soares. BE teme que Governo falhe com o que está legislado.

O BE avisou hoje que, caso o Governo falhe com o que já está legislado sobre o descongelamento das carreiras dos professores, irá resolver "de vez e de forma mais directa" esta matéria no Orçamento do Estado para 2019.

Em entrevista à agência Lusa a propósito das negociações do Orçamento do Estado para 2019 (OE2019), o último da actual legislatura, o líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, elencou aquelas que são as prioridades do partido, sendo o investimento na saúde e a educação uma das mais importantes.

"No que toca à questão dos professores, falta ainda resolver-se a estabilidade da escola pública e a estabilidade da carreira que decorre do descongelamento. É uma matéria que nós gostaríamos de ver resolvida antes do OE2019, mas que o Governo está a empurrar para a frente e que nós já dissemos que se chegar ao orçamento, será algo que nós resolveremos de vez no orçamento", avisou.

Segundo Pedro Filipe Soares, "a legislação que existe é para 2018 e atribui um mandato ao Governo para negociar com as estruturas sindicais como e quando fazer esse descongelamento de carreiras".

"Agora se o Governo não cumprir esse mandato, a sua obrigação que emana da Assembleia da República, nós enquanto grupos parlamentares ficamos novamente com a bola na mão para decidir como é que vai ser o jogo e aí o grupo parlamentar do BE tem toda a legitimidade para dizer: se o Governo não cumpriu, então agora vai ter de se cumprir assim", antecipou.

Sem adiantar o desenho da proposta - que seria sempre apresentada em sede do OE2019 - o líder parlamentar espera não ter que "chegar a esse ponto" uma vez que isso significaria que "o problema tinha sido resolvido antes do orçamento e positivamente".

"Se isso não acontecer, é porque o Governo não cumpriu e falhou no mandato que a Assembleia da República lhe deu. Ora, a Assembleia da República tem a possibilidade de legislar novamente e o fazer de uma forma mais directa do que fez anteriormente", alertou.

Essa proposta, garante Pedro Filipe Soares, "nascerá do BE", esperando para ver como é que seria votada, caso tenha de avançar.

"Aí todos os partidos serão chamados a essa decisão. Mas nós garantimos é que exigiremos essa decisão caso cheguemos a esse momento sem qualquer tipo de solução encontrada", assegurou.

Posição diferente foi já assumida pelo PCP, também em entrevista à agência Lusa na semana passada, recusando os comunistas fazer "o favor" ao Governo de voltar a discutir no OE2019 o descongelamento das carreiras na administração pública, considerando que isso seria levar "à estaca zero" uma questão que já está legislada.

O deputado do BE recordou ainda que o partido sempre defendeu que "haveria flexibilidade nas estruturas sindicais na negociação com o Governo para haver um plano temporal para que os direitos sejam salvaguardados".

"Mas nunca para se colocar em causa esses direitos porque isso era o que a lei do Orçamento do Estado [2018] dizia: é que esse direito existe, é intocável e é reconhecido, tem é de ser materializado consoante a negociação entre Governo e sindicatos", advertiu.

Ainda na educação, segundo Pedro Filipe Soares, há um problema infraestrutural, no que toca ao investimento, ao qual se junta o de recursos humanos, que vai além desta a questão dos professores.

"Há escolas que têm carências de assistentes operacionais. Esse é um dos problemas que está em cima da mesa e é necessário dar reposta a essa questão", adiantou ainda, a propósito das medidas em negociação para o OE2019.

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