Sábado – Pense por si

BE lamenta "entrega por valor simbólico" de TAP

Mariana Mortágua acusa o PM de ter mandado muitos jovens emigrar e de nem conseguir manter as rotas que permitem o reencontro entre famílias

A deputada do BE Mariana Mortágua classificou hoje a decisão de venda da TAP como uma "entrega por valor simbólico", acrescentando que o primeiro-ministro precisa de ter "cara de pau" para apresentá-la como um bom negócio.

 

"Aquilo que foi decidido em Conselho de Ministros foi a entrega da TAP por um valor simbólico [10 milhões de euros]. Para termos uma noção de quão simbólico é o valor devemos pensar na operação, há uns anos atrás, de compra da Portugália. Uma pequena empresa, com um buraco financeiro enorme, foi comprada pela TAP por 140 milhões de euros", exemplificou, nos Passos Perdidos do Parlamento.

 

O Governo anunciou ir vender o grupo TAP, dono da transportadora aérea nacional, ao consórcio Gateway, do empresário norte-americano e brasileiro David Neeleman e do empresário português Humberto Pedrosa, rejeitando pela segunda vez a proposta de Germán Efromovich.

 

"O primeiro-ministro veio dizer que era preciso coragem para tomar esta decisão. Nós achamos que é preciso ter cara de pau para tomar esta decisão", afirmou a parlamentar bloquista.

 

Segundo Mariana Mortágua, "o comprador só manterá rotas estratégicas e mesmo a sede durante 10 anos".

 

"É preciso cara de pau para apresentar isto como bom negócio e boa venda para o País quando nem se pode garantir que, daqui a mais de uma década ou 12 anos, continuaremos a ter a sede e as rotas estratégicas que permitem ligar Portugal às suas famílias", criticou, lembrando que foi "Passos Coelho, embora o negue, que mandou muitos jovens emigrar e agora nem consegue manter as rotas que permitem a estas famílias, afastadas e desestruturadas pela crise, encontrarem-se".

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