A solução para que a Academia de Amadores de Música continue na cidade de Lisboa passa pelo antigo centro de recrutamento militar na Avenida de Berna.
A solução para que a Academia de Amadores de Música continue na cidade de Lisboa passa pelo antigo centro de recrutamento militar na Avenida de Berna, junto à Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, anunciou hoje a câmara.
Bruno Colaço/Sábado
"O local encontrado é o antigo centro de recrutamento militar na Avenida de Berna", disse o vereador da Cultura na Câmara de Lisboa, Diogo Moura (CDS-PP), dando conta do espaço encontrado para acolher a Academia de Amadores de Música, que tem de sair das atuais instalações no Chiado.
Diogo Moura falava na reunião da Assembleia Municipal de Lisboa, após questões do PCP e do BE sobre a solução para a Academia de Amadores de Música (AAM), associação cultural sem fins lucrativos que realizou hoje um protesto na Praça do Município para exigir novas instalações na cidade, assinalando também o 141.º aniversário da instituição.
Relativamente à solução encontrada, o vereador da Cultura disse que agora está em causa "o valor da renda" do imóvel, que é propriedade da Estamo (empresa pública responsável pela gestão e valorização de imóveis públicos).
Nesse sentido, a Câmara de Lisboa está em conversações com o Ministério da Cultura e com o Ministério das Finanças, no sentido de perceber de que forma se pode reduzir o valor da renda, para que "seja viável" para a AAM.
"Para a semana está prevista uma reunião com a Estamo, exatamente por causa dessa localização", adiantou Diogo Moura, referindo que a Academia já conheceu o espaço.
Após ter sido inviabilizada a proposta de acolher a AAM num edifício na Rua Vítor Cordon, no Chiado, o anúncio desta nova solução foi feito na sequência de uma reunião entre a direção desta associação e o presidente da câmara, Carlos Moedas (PSD), que ocorreu hoje nos Paços do Concelho.
"Acho que estamos num bom caminho, mais uma vez, para tentar encontrar uma solução definitiva para que a Academia, obviamente, fique na cidade de Lisboa, que é isso que faz sentido", declarou o vereador da Cultura.
No final de fevereiro, o vereador do PCP João Ferreira considerou "inacreditável" que o Governo, por via da Estamo, tenha pedido à AAM "7.000 euros mensais" pelo arrendamento de um espaço, referindo-se ao edifício que foi outrora a Direção de Recrutamento Militar de Lisboa, na Avenida de Berna, que depois pertenceu à Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade de Lisboa e é atualmente propriedade daquela empresa pública.
Sobre o imóvel da Estamo, o presidente da câmara disse que o valor pedido de renda "é inaceitável", revelando que a ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, vai ajudar a que não seja esse montante.
"Vamos encontrar uma solução, mas não tem sido fácil, porque queremos a Academia no centro da cidade", declarou Carlos Moedas, no final de fevereiro, na reunião pública da câmara.
Com 140 anos de história, a AAM tem de abandonar as atuais instalações no Chiado "até ao final do mês de agosto deste ano", por incapacidade para pagar a nova renda, que passou de 542 euros para 3.728, pondo em causa o ensino de música de 320 alunos e o emprego de 40 professores.
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